A nova empreitada na música sertaneja de Enrico, filho de Chitãozinho
Aos 21 anos, o jovem cantor vai na contramão dos hits de sofrência e investe em canções românticas
Aos 21 anos, Enrico, o filho de Chitãozinho, fez sua estreia no música sertaneja com o lançamento do álbum Um Dia de Sol. Embora novato no sertanejo, Enrico já frequenta os palcos desde criança, quando atuou em peças infantis, fez dublagens de filmes e animações e cantou em musicais. Ao contrário da nova geração da música sertaneja, as músicas de Enrico não versam sobre pegação, sofrência ou baladas intermináveis. Ele prefere cantar faixas românticas com arranjos inspirados no country americano, inclusive em faixas covers de She’s Not Crying Anymore, de Terry Shelto, Billy Ray Cyrus e Buddy Cannon, que na versão em português, feita por Chitãozinho e Xororó, virou Ela Não Vai Mais Chorar.
A entrada na música, no entanto, não foi uma escolha óbvia. Formado em aviação civil, Enrico só decidiu gravar o primeiro disco após se sentir seguro com sua voz e a escolha do repertório. “Ele tem essa influência minha e de toda a família. Escutamos muito sertanejo em casa e também o country americano”, disse Chitãozinho a VEJA. “Fiquei realmente orgulhoso com este lançamento. Sou um pai muito orgulho”, completou o cantor sertanejo. Enrico conversou com VEJA sobre o lançamento. Leia a seguir os principais trechos:
O que te levou a entrar na carreira musical? Comecei com dez anos. Fiz teatro desde pequeno. Interpretei o personagem Bocão em uma peça do Menino Maluquinho. Depois fiz dublagens para o Sítio do Picapau Amarelo. Gravei também o filme Coração de Cowboy e dublei um dos personagens da animação infantil PJ Masks. Três anos atrás decidi dar outro passo e entrar de verdade na carreira musical. Estudo música desde cedo.
Ao contrário de outros cantores sertanejos, você preferiu investir em letras românticas em vez de sofrência. Por que? Chamo de sertanejo pop. É que minhas referências são mais românticas mesmo. É a área que me identifico mais. Gosto de ouvir música que tem uma mensagem romântica e que conte uma história. Não sou da sofrência ou do cara que tomou chifre. Porém, a nova canção que lancei, Lágrimas e Balas, é uma das mais dramáticas do álbum.
Há também influências do country americano? Me identificou muito com o universo country. Eu e meu pai somos muito fãs desses cantores. Gosto da sonoridade do banjo. Eu nunca morei nos Estados Unidos, porém já viajamos bastante para lá, especialmente para o Texas e Nashville. Lembro do meu pai parando de bar em bar para ouvir músicas. Gosto de Garth Brooks, Shania Twain, Kenny Brown, Luke Combs, Blake Shelton e Lauren Alaina. No Brasil eu gosto muito do Leonardo, do Zezé, Bruno e Marrone, Jorge e Mateus e Luan Santana.
O que você aprendeu com o seu pai? Ele tem 50 anos de carreira, temos que ouvir os mais velhos. Meu pai é muito presente na área musical, principalmente nos arranjos. A gente se dá muito bem no estúdio. Meu pai cuida da área artística e minha mãe (Márcia Alves Lima) da parte financeira. Desde pequeno acompanho os shows deles também, então eu conheço bem os bastidores.
Como é o relacionamento com seus primos Sandy e Junior? É ótimo. Eles me deram algumas dicas também. Nos encontramos apenas em situações familiares e aí não falamos muito de trabalho. É mais papo família mesmo.
Acompanhe notícias e dicas culturais nos blogs a seguir:
Tela Plana para novidades da TV e do streaming
O Som e a Fúria sobre artistas e lançamentos musicais
Em Cartaz traz dicas de filmes no cinema e no streaming
Livros para notícias sobre literatura e mercado editorial