A cantora Mariah Carey, 55 anos, que perdeu a mãe, Patrícia, e a irmã Alison no mesmo dia, no último fim de semana mantinha uma complicada relação com eles. Essa relação conturbada é um dos principais temas de sua autobiografia, The Meaning of Mariah Carey, de 2020. A mãe foi uma cantora de ópera e professora de canto antes de se tornar mãe de Alison, Morgan e Mariah.
Mariah se apresenta no Brasil agora em setembro, no dia 20, em São Paulo, e no dia 22, no Rock in Rio.
Por trás de todo brilho, glamour e arco-íris, Mariah guardava uma história cheia de rancor e desgosto. Sua mãe se casou com Alfred Roy Carey, pai de Mariah, em uma relação inter-racial — ela era branca, e ele, negro. Os dois sofreram ataques racistas de familiares e da vizinhança, situação que afetou os filhos e os levou ao divórcio, quando Mariah tinha 3 anos de idade. Quando ela ficou famosa, a família chegou a vender informações sobre ela para tabloides.
Antes de Mariah fazer sucesso, Patricia chegou a cantar nos palcos de Nova York, talento que certamente influenciou Mariah. Após o sucesso de Mariah, ela descreveu a relação com a mãe como um misto de “traição e beleza”. “A nossa é uma história de traição e beleza. De amor e abandono. De sacrifício e sobrevivência”, escreveu na biografia. Apesar disso, ela reconheceu a importância da mãe em sua criação. “Ela fez o melhor que pôde”.
O relacionamento com Alison foi ainda mais complicado. Em suas memórias, Mariah disse que era mais emocionamento seguro não ter mais nenhum contato com a irmã. Apesar de ter retomado laços com a mãe, Mariah não costumava falar dos irmãos. Em 2020, Alison processou a cantora por abuso emocional e a mãe por supostamente ter abusado dela quando criança. Alison ainda foi às redes sociais dizer que estava pobre e tinha perdido todos os dentes por estresse.
Além dela, há ainda o irmão Morgan, um personal trainer de celebridades. Ele até chegou a se envolver com produção musical, mas no final, também processou a irmã pelo conteúdo do livro biográfico como “mentiras maliciosas”. “Para minha sanidade e paz de espírito, minha terapeuta me encorajou a literalmente renomear minha família”, escreveu Mariah na biografia. “Minha mãe eu chamo de Pat, Morgan de ex-irmão e Alison de ex-irmã. Tive que parar de esperar que eles, algum dia, de forma milagrosa, se tornariam a mamãe e os irmãos mais velhos que eu queria ter.”
Após o divórcio de seus pais, Mariah passou a visitar Alfred Roy semanalmente, quando almoçavam juntos. O pai, no entanto, não aceitou que a filha se tornasse cantora. “A música, como carreira, não era lógica para ele”, Mariah explicou, e os encontros se tornaram mais esporádicos. Apesar da distância, ela manteve um bom relacionamento com o pai a té a sua morte, em 4 de julho de 2002, de câncer no ducto biliar.
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