A Executiva Nacional do Partido Popular Socialista (PPS), nome fantasia do antigo Partido Comunista Brasileiro (PCB) fundado em 1922, reuniu-se, ontem, em Brasília para discutir de tudo um pouco, mas sem nada decidir por enquanto, só lá para o fim de julho.
À procura de uma nova identidade, cerca de 40 aplicados militantes se ocuparam em examinar durante mais de três horas propostas para adoção de um novo nome que pudesse fazer sua estreia, se possível, ainda nas eleições de outubro próximo.
“Servir”? Não. Parece nome de associação de clubes de serviço. “Plural”? Não. Todo partido deveria estar obrigado a ser plural, admitindo a existência de várias tendências. “Movimento”? Não. Livre do P como pretende, o PMDB se chamará Movimento Democrático Brasileiro.
“Antes de escolhermos um nome, devemos debater o que somos ou pretendemos ser”, argumentou Cristovam Buarque, líder do PPS no Senado. Que antes de ir embora, comentou pessimista: “Estamos entre a catástrofe e o desastre. A ser assim, votarei no desastre”.
Para Cristovam, a catástrofe seria a eleição de Jair Bolsonaro (PSL) para presidente da República. O desastre, a de Ciro Gomes (PDT). O curioso é que Cristovam será um dos redatores do programa de governo de Geraldo Alckmin (PSDB), que contará com o apoio do PPS.
Pano rápido.