Vez por outra ao preencherem o bilhete da Mega-Sena, eles punham o 13 do PT entre os números que escolhiam para apostar. Razoável que fosse assim – devem seus empregos ao partido, embora nem todos sejam filiados a ele, muito menos contribuintes.
Os 49 funcionários da assessoria parlamentar do PT na Câmara, acostumados a apostar em grupo, dessa vez deixaram o 13 de fora. Não foi de propósito. Cravaram: 04-11-16-22-29-33. E ganharam o prêmio acumulado de R$ 120 milhões – R$ 2,4 milhões para cada.
Nada mal para quem apostou apenas R$ 10,00. Uma funcionária ficou com a cota da outra que desistiu de apostar. Embolsará o dobro. Três sortudos passaram mal e foram atendidos na Câmara pelo deputado Alexandre Padilha (PT-SP), ex-ministro da Saúde.
“Vamos ficar um mês sem que o PT obstrua as votações aqui dentro”, debochou o deputado Kim Kataguiri (DEM-SP) ao dar a notícia aos seus pares em meio à sessão da Câmara que aprovou uma mini e controversa reforma da legislação eleitoral.
Nas redes sociais, a notícia produziu uma avalanche de comentários, a maioria deles bem humorada. “Os assessores do PT acordaram socialistas e foram dormir neoliberais”; “Deputados do PSL coletam assinaturas para criar a CPI da Mega-Sena”.
Sobrou para o presidente Jair Bolsonaro. No Twitter, disseram que ele advertiu o presidente da Caixa Econômica: doravante, quer saber o nome do vencedor antes do anúncio. E revelou sua disposição para abrir a caixa-preta da Mega-Sena.