Gleisi Hoffman, a irada presidente do PT, desqualificou a sentença do juiz Sérgio Moro que em julho de 2017 condenou Lula a 9 anos e meio de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro no processo do tríplex do Guarujá. Acusou Moro de ser parcial e de perseguir Lula.
Seis meses depois e pelas mesmas razões, desqualificou a decisão unânime dos três juízes da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) que confirmou a condenação de Lula e aumentou a pena para 12 anos e um mês de prisão.
A defesa de Lula recorreu da decisão do TRF-4. E outra vez por unanimidade, em março último, o tribunal manteve sua decisão, o que abriria caminho para a prisão de Lula dali a um mês. “A Justiça foi parcial”, estrebuchou Gleisi para variar.
Agora ela foi além. Mal a juíza federal Gabriela Hardt começou a esquentar a cadeira que já foi de Moro no comando da Lava Jato, Gleisi decretou que ela não tem “imparcialidade” para julgar Lula. Ontem, Hardt interrogou Lula no processo do sítio de Atibaia.
Para Gleisi e o PT, Justiça isenta, merecedora de respeito, é só aquela que satisfaça suas vontades. Nada se parece mais com o autoritarismo de direita do que o seu oposto. É tudo a mesma coisa.