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Na onda do surfe

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Teahupo’o: a onda mais temida do circuito mundial

A janela de espera do Billabong Pro Tahiti começa hoje, com a primeira chamada às 14h30 do Brasil, e vai até o dia 30 de agosto.

Por Renata Lucchesi
Atualizado em 30 jul 2020, 22h04 - Publicado em 19 ago 2016, 10h46
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    Gabriel Medina foi o grande campeão do Billabong Pro Tahiti 2014 (Foto: Kirstin Scholtz/WSL)

    A sétima – e mais temida – etapa do circuito mundial vai começar! A janela de espera do Billabong Pro Tahiti começa hoje, com a primeira chamada às 14h30 do Brasil, e vai até o dia 30 de agosto. Saiba o que esperar de uma das paradas mais aguardadas do tour.

    O evento rola no Taiti, a maior ilha da Polinésia Francesa. Mais especificamente, em Teahupo’o, uma das ondas mais poderosas e mortais do mundo, que quebra sobre uma bancada rasa de corais afiados. Em alguns pontos, apenas meio metro de água separam o surfista dos corais. Ou seja, uma queda errada e o estrago será enorme. O perigo é tão grande que Teahupo’o, no idioma original dos polinésios, significa crânio quebrado.

    A recompensa para quem consegue encarar e domar essa onda é proporcional aos perigos que ela oferece. Até hoje, houve apenas oito baterias perfeitas (quando o surfista atinge todos os pontos possíveis em uma bateria) em disputas da elite, e duas delas aconteceram nas esquerdas tubulares e perfeitas de Teahupo’o. Kelly Slater, na final do evento de 2005, e Jeremy Flores, em 2011 conseguiram o feito no Taiti.

    Por falar em Kelly Slater, o onze vezes campeão mundial também é o maior vencedor no Taiti, evento que faz parte do calendário da elite desde 1999. O americano já fez seis finais em Teahupo’o e faturou o primeiro lugar em quatro delas. Por isso, mesmo em um ano fraco para os padrões do surfista, que está na 19ª posição no ranking, Kelly Slater nunca pode ser considerado carta fora do baralho nessa etapa.

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    Teahupo’o também é uma onda que se encaixa perfeitamente no surfe de Gabriel Medina, que venceu o evento em 2014 e foi vice-campeão em 2015. Bruno Santos é outro brasileiro que costuma se destacar por lá. Em 2008, ele venceu as triagens, entrou como wildcard e foi campeão. Neste ano, ele também se classificou em primeiro lugar nas triagens e será um forte candidato ao título.

    Ao que tudo indica, a briga pelo título mundial de 2016 vai esquentar após o Billabong Pro Tahiti. O australiano Matt Wilkinson, atual líder do circuito, não tem um retrospecto muito bom nesta etapa. Seu melhor resultado foi um 5º lugar em 2011. De lá pra cá, não conseguiu nada melhor que a 13ª colocação. No entanto, o havaiano John John Florence e Gabriel Medina, que seguem na cola de Wilko no ranking, são dois dos favoritos para o evento.

    Confira as baterias do primeiro round do Billabong Pro Tahiti

    1. Jordy Smith (AFR), Dusty Payne (HAV), Ryan Callinan (AUS)
    2. Italo Ferreira (BRA), Kanoa Igarashi (EUA), Keanu Asing (HAV)
    3. Adriano de Souza (BRA), Miguel Pupo (BRA), Kai Otton (AUS)
    4. Gabriel Medina (BRA), Conner Coffin (EUA), Alex Ribeiro (BRA)
    5. John John Florence (HAV), Davey Cathels (AUS), Hira Teriinatoofa (TAH)
    6. Matt Wilkinson (AUS), Stu Kennedy (AUS), Bruno Santos (BRA)
    7. Michel Bourez (TAH), Kelly Slater (EUA), Matt Banting (AUS)
    8. Julian Wilson (AUS), Nat Young (EUA), Jeremy Flores (FRA)
    9. Sebastian Zietz (HAV), Josh Kerr (AUS), Jadson André (BRA)
    10. Adrian Buchan (AUS), Joel Parkinson (AUS), Alejo Muniz (BRA)
    11. Caio Ibelli (BRA), Kolohe Andino (EUA), Jack Freestone (AUS)
    12. Filipe Toledo (BRA), Wiggolly Dantas (BRA), Adam Melling (AUS)
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