O diabetes é uma doença crônica que pode ser administrável com os devidos cuidados, mas ainda não tem cura. Ainda assim, quem faz uma rápida pesquisa no Google, entra em grupos de WhatsApp ou navega pelo Facebook tem grandes chances de encontrar falsas promessas de solução para o mal. Em geral, receitas de sucos e infusões tão esquisitas quanto milagrosas.
“Nada vai funcionar. Diabetes não tem cura”, afirma em tom categórico o médico Augusto Pimazoni Neto, coordenador do Grupo de Educação e Controle do Diabetes do Hospital do Rim da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Ele conta que diariamente recebe pacientes com esse tipo de notícia falsa, as chamadas fake news, nas mãos e que é sempre muito difícil convencê-los do contrário.
“As dúvidas sobre fake news chegam aos montes. Em geral, o paciente pega o assunto na internet e acredita, nem sempre comunica ao médico. Ele pode até ter uma melhora provisória, que é o que chamamos de efeito placebo, mas isso não é sustentável por um longo período. Por isso, estou absolutamente convencido de que a pessoa que divulga uma notícia falsa prometendo a cura para uma doença que não tem cura deveria ser presa”, diz Pimazoni.
Mesmo assim, dissemina-se aos montes esse tipo de lorota (que de inocente não tem nada). Levantamento inédito feito por VEJA e divulgado na edição desta semana da revista mapeou 966 notícias compartilhadas em seis páginas do Facebook conhecidas por compartilhar inverdades – e revelou que um terço de todo o conteúdo divulgado entre fevereiro e junho eram completamente falaciosos. O diabetes era assunto de 8% das mentiras.
Confira uma lista das fake news mais compartilhadas sobre o diabetes:
https://www.playbuzz.com/item/ecc03bc3-2d10-4868-94c5-e8ceeef54963