Último Mês: Veja por apenas 4,00/mês

Me Engana que Eu Posto

Por Coluna Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
A verdade por trás de manchetes falsas que se espalham pela internet. Editado por João Pedroso de Campos.
Continua após publicidade

Brasil não importou dipirona contaminada da Venezuela

Boato que já havia circulado em agosto voltou a ser compartilhado no WhatsApp por meio de um áudio. Ministério da Saúde, Anvisa e laboratório desmentem

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 16h27 - Publicado em 8 nov 2018, 18h28
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Passada a enxurrada de notícias falsas envolvendo as eleições de 2018, voltou a circular no WhatsApp uma fake news sobre saúde que já havia se espalhado por aí em agosto. A lorota alardeia que o Brasil importou da Venezuela dipirona contaminada pelo vírus Marburg, “considerado um dos mais perigosos do mundo e com alta taxa de mortalidade”.

    O boato foi ressuscitado no aplicativo de mensagens por meio de um áudio, em que um sujeito simplesmente lê o conteúdo da lorota que já havia sido espalhada no mesmo “zap” há três meses. Ele fala sobre a dipirona “muito branca e brilhante” e pede que a mensagem seja compartilhada “antes que o governo tire esse aviso de circulação” – característica bastante comum em notícias falsas (veja abaixo).

    notícia falsa dipirona
    (Reprodução WhatsApp/Reprodução)

    A nova versão da lenda urbana, compartilhada em áudio, é ilustrada pelo medicamento Dipimed, fabricado pelo laboratório Medquímica (veja abaixo).

    dipmed fake news
    (Reprodução WhatsApp/Reprodução)
    Continua após a publicidade

    Quando o boato circulou pela primeira vez, em agosto, o Ministério da Saúde já havia publicado em seu site um desmentido da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre a fictícia dipirona venezuelana importada e contaminada.

    Com a volta da notícia falsa ao WhatsApp, que envolve a imagem do Dipimed, o labotarório Medquímica divulgou um esclarecimento em que afirma que se trata de “um medicamento de origem totalmente nacional, registrado na ANVISA sob o nº 1.0917.0015 e comercializado no mercado há mais de 30 anos”.

    De fato, é possível ver em uma consulta simples no portal da agência reguladora que o analgésico alvo da lorota é mesmo fabricado no Brasil e tem registro ativo até março de 2021 (veja abaixo).

    Continua após a publicidade
    anvisa dipimed
    (Reprodução Anvisa/Reprodução)

    Sobre a doença causada pelo vírus Marburg, trata-se de uma infecção que pode ser transmitida através do contato com sangue, secreções ou fluidos corporais de pessoas infectadas, ou, ainda, materiais contaminados, como roupas e roupas de cama. Os sintomas mais comuns são febre alta, dores de cabeça, abdominal e musculares, cãibras, diarreia, náuseas e vômito. Em casos mais graves, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a doença pode levar à morte em até nove dias após o início dos sintomas.

    Conforme os dados mais recentes da OMS, já houve surtos ou casos isolados da doença em oito países (nenhum deles é a Venezuela ou o Brasil): Estados Unidos, Alemanha, Holanda, Sérvia, República Democrática do Congo, Uganda e África do Sul.

    Continua após a publicidade

    Você também pode colaborar com o Me Engana que Eu Posto no combate às notícias mentirosas da internet. Recebeu alguma informação que suspeita – ou tem certeza – ser falsa? Envie para o blog via WhatsApp, no número (11) 9 9967-9374.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Veja e Vote.

    A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

    OFERTA
    VEJA E VOTE

    Digital Veja e Vote
    Digital Veja e Vote

    Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

    1 Mês por 4,00

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

    a partir de 49,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.