O relatório de receitas e despesas divulgado nesta segunda-feira, 22, pelo Tesouro mostra que o espaço específico para despesas ficou muito estreito, senão inexistente.
Como os gastos com aposentadorias e o BPC (Benefício de Prestação Continuada) aumentaram mais do que o previsto, o déficit já está em R$ 28,8 bilhões. Isso é exatamente o que havia sido previsto como teto da meta fiscal.
A meta é não ter déficit, mas pode oscilar um pouco para cima – mais precisamente, 0,25%. Ou seja, pode haver um déficit de 0,25% do PIB que hoje dá exatamente o valor da diferença atual entre receitas e despesas.
O que significa isso?
Que além do bloqueio e do congelamento anunciados agora, o governo terá que ficar olhando com cuidado cada nova despesa nesse segundo semestre. Do ponto de vista político, em ano eleitoral, será difícil de fazer. A vida do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e da ministra do Planejamento, Simone Tebet, não será fácil.