Último Mês: Veja por apenas 4,00/mês

Matheus Leitão

Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
Continua após publicidade

Show de horrores em debates de SP se compara a Collor x Lula em 89?

Cadeiradas e socos são a nova triste lição que esses encontros têm dado à democracia brasileira

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 30 set 2024, 08h33 - Publicado em 30 set 2024, 08h31
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O que aconteceu com os debates eleitorais brasileiros? Se aquele entre Collor e Lula em 1989 ainda ecoa como uma vergonha para o início da democracia brasileira, o show de horrores nas eleições municipais em São Paulo deste ano parece ainda mais degradante.

    Há 35 anos edições do debate tentavam exaltar o direitista e afundar o esquerdista. A técnica de Collor foi a de falar, nos encontros, da vida pessoal de Lula para assim desestabiliza-lo.

    Hoje a tentativa é a de criar conflitos que levem aos pequenos cortes e permitem a lacração nas redes sociais. Os confrontos entre candidatos surgem como um espelho sombrio do que pode vir a ser a próxima eleição presidencial.

    Aliás, não é mais segredo.

    Quem tem ideias propositivas é totalmente superado em atenção do público, na cidade de São Paulo, por manobras grotescas para capturar todos os olhos e os espaços na mídia.

    Continua após a publicidade

    Nem violências como cadeiradas, socos e pontapés serviram de basta. Tiveram o efeito reverso.

    Mas o que fazer além de aparafusar cadeiras?

    O país precisa urgentemente resgatar o debate democrático para que ele volte a ser um momento de conhecimento das ideias de cada postulante ao cargo.

    A imprensa, por exemplo, ainda não sabe como lidar com o quadro atual.

    Continua após a publicidade

    Se usar critérios subjetivos para afastar candidatos (por exemplo, um tumultuador profissional) ela estará sendo autoritária. Se aceita a participação de pessoas como Padre Kelman ou Pablo Marçal, eles constroem palcos e, sem ideias, distorcem o motivo do evento.

    Padre Kelman acabou neutralizado pela união dos outros candidatos. Ele queria provocar Lula e conseguiu, mas acabou definido como padre de festa junina por Soraya Thronicke que, assim como o “ministro religioso”, é de direita.

    No caso de Marçal, os outros nomes do pleito não conseguiram neutralizá-lo. E os debates viraram uma discussão sobre a última treta do ex-coach.

    Enquanto a solução não chega, o país segue sendo tragado pelo discurso de ódio nas eleições – eleições estas que, a depender do que acontecer, podem ser o laboratório do inferno para 2026.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Veja e Vote.

    A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

    OFERTA
    VEJA E VOTE

    Digital Veja e Vote
    Digital Veja e Vote

    Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

    1 Mês por 4,00

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

    a partir de 49,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.