Cid Gomes (PDT), senador e irmão do presidenciável Ciro Gomes, anda quieto, bastante quieto, nesta eleição. Até aliados pedetistas estão assustados com a sua pouca mobilização.
Para se ter uma ideia, nos últimos 25 dias – ou mais de três semanas – ele e sua equipe fizeram míseros três twittes – apenas três – sendo o último sobre o governo Bolsonaro.
Alguém pode defender o senador e dizer que ele não é muito ativo nas redes sociais, mas é estranho para um ex-governador, irmão de um presidenciável que é terceiro colocado nas pesquisas eleitorais, justificar essa participação modorrenta no debate político brasileiro.
Não foi assim na campanha passada, quando Cid Gomes protagonizou uma das cenas mais emblemáticas relacionadas à vitória de Jair Bolsonaro contra Fernando Haddad.
Ao cobrar “mea culpa” do PT em um encontro pró-Haddad no Ceará, e ser fortemente vaiado, o irmão de Ciro gritou “Lula tá preso, babaca”, bordão que marcou as eleições de 2018. Era outubro daquele ano.
Pois bem. O tempo passou.
Estamos agora em maio de 2022.
Lula está solto, lidera a corrida eleitoral e Ciro Gomes, irmão de Cid, não deslancha nas pesquisas – mesmo contratando o marqueteiro João Santana, apelidado de “mago”.
Enquanto a esquerda se divide no Ceará com quatro pré-candidatos do PDT ao governo do Estado e o PT estudando, nos bastidores, se apoiará um deles ou se lançará um nome de última hora, petistas locais agora esperam um “mea culpa” de Cid Gomes. Uma sinalização, que seja. Um pedido de desculpas para Lula.
Ou isso, ou…
Cid Gomes será alvo de uma “campanha” do PT (que não demorará a começar) dizendo “Lula tá solto, babaca”. Pretende-se fazer isso durante a eleição ou, após o pleito, se tudo der certo, com um que é considerado ainda melhor: “Lula é presidente, babaca”.
O irmão de Ciro Gomes que comece a colocar a barba rala de molho em relação ao Partido dos Trabalhadores no Ceará.