O crime organizado deu mais uma prova de que está avançando contra as instituições do Estado.
Ao menos no Brasil e em outros países da América Latina.
A revelação, nesta quinta-feira, 7, dos jornalistas Ranier Bragon e Fábio Serapião comprova como as estruturas de organizações estão cada vez mais sofisticadas, incluindo o PCC.
Após a descoberta do plano macabro para tentar assassinar o senador e ex-juiz da Lava Jato Sérgio Moro, desdobramentos da operação Sequaz comprovam que os mesmos criminosos tinham uma “missão” contra os presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco.
“A quebra de sigilo de celulares apreendidos, encontrou imagens, com comentários, capturadas na internet no dia 29/11/2022 pelos criminosos que compunham a célula Restrita [espécie de grupo de elite criado para “situações diferenciadas”] do PCC, das residências oficiais dos Presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados”, diz o documento da Polícia Federal.
A história só piora.
A “célula” do PCC esteve em Brasília atrás de terrenos para realizar a tal “missão” contra Lira e Pacheco. Não sei se sabe oficialmente o que eles queriam com o presidente da Câmara e do Senado, mas coisa boa não era. Certeza!
Nas áreas de segurança, assim como em outras, o Brasil tem patinado, falhado.
É um absurdo que um deputado e dois senadores, entre eles os presidentes de um poder, lideranças do legislativo – que fazem as leis – sejam alvos de planos do PCC.
O Primeiro Comando da Capital avança contra o centro do poder do país, que parece anestesiado, sem conseguir conter, em parte, um câncer que corrói o estado democrático de direito.
Ao menos até aqui, contra lideranças políticas, a Polícia Federal conseguiu evitar que as missões tivessem sucesso.
A pergunta que fica é: até quando?