Os quatro figurões da política que brigam para ser vice de Lula em 2026
Ou... a disputa antecipada pela posição na chapa do petista daqui a dois anos!
Faltando pouco mais de 2 anos e meio para as eleições de 2026, as articulações em torno da vice-presidência na chapa de Lula já promovem forte disputa nos bastidores do PT, do MDB e do PSB. Uma ala palaciana defende, inclusive, que Lula não mantenha Geraldo Alckmin como vice em 2026.
Nomes fortes do PT no Congresso Nacional – ligados ao ministro Alexandre Padilha -, como Zeca Dirceu e José Guimarães, têm dito a interlocutores que Lula precisará do MDB ao seu lado nas próximas eleições presidenciais.
Alegam que a máquina do MDB, com sua forte capilaridade país afora, será muito mais importante do que o PSB de Alckmin, que conta com apenas 14 cadeiras na Câmara dos Deputados, contra os 43 do MDB.
Eles dizem também que a importância de Alckmin em 2022, de demonstrar equilíbrio e uma chapa ampla e democrática, pode ser facilmente substituída por nomes do MDB.
Renan Filho
Nessa raia, corre como franco favorito Renan Filho, um dos ministros mais próximos de Lula ultimamente. Renanzinho tem se colocado publicamente como uma opção. E de fato conta com o carinho de Lula.
Em meados do ano passado, por exemplo, Renan Filho ficou ao lado de Lula, mostrando enorme intimidade com o presidente, durante um evento restrito à nata política de Brasília, incluindo Alckmin.
Era o casamento de Randolfe Rodrigues, líder do governo no Senado. Ao final da cerimônia, que contou com um show relâmpago de Caetano, convidados comentaram sobre a proximidade de Renanzinho com o presidente da República.
Outro momento em que Lula demonstrou de forma pública sua boa relação com Renan Filho foi neste ano, em Belo Horizonte, quando o ministro dos Transportes discursava – era visível a sintonia do presidente com o político alagoano.
Helder Barbalho e Simone Tebet
Geraldo Alckmin é, contudo, muito querido e admirado por Lula, que – por sua vez – tem o histórico de ser leal a vices, vide a parceria com com José Alencar, que também teve o cargo ameaçado por outras legendas na primeira reeleição petista.
Além de Renanzinho, correm por fora na disputa pela vaga de vice – caso Alckmin e o PSB sejam realmente preteridos -, o governador do Pará, Helder Barbalho, e a ministra do Planejamento, Simone Tebet.
Também do MDB, os dois são citados como opções para a posição de vice, tanto nos bastidores do Congresso como por essa ala do Palácio do Planalto.
Ainda que a batida de martelo esteja bem – mas bem distante – um fator preocupa aliados de Lula.
Com o bolsonarismo forte – as últimas pesquisas e a manifestação em favor do líder da extrema-direita na Paulista reforçam isso – fica cada vez mais difícil justificar o PSB numa chapa presidencial, preterindo o MDB.