Na última segunda-feira, 1º de julho, na Bahia, o presidente Lula surpreendeu ao fazer uma defesa inusitada do ministro Rui Costa, chefe da Casa Civil.
Durante a inauguração da duplicação de uma estrada federal em Feira de Santana, Lula afirmou que alguns de seus ministros mentem para ele, mas que Rui Costa e Miriam Belchior sempre desmentem essas mentiras.
Como é?
Essa declaração levanta várias questões — entre elas a pergunta: quem são esse ministros mentirosos? Não é assustador que chefes de ministérios estejam falando inverdades ao presidente?
Contudo, agora, leitor, quero falar sobre a confiança cega de Lula em um ministro envolvido em várias controvérsias, por assim dizer.
Rui Costa tem sido frequentemente apontado como articulador de intrigas no governo, criando um ambiente de desunião semelhante ao visto durante o governo de Jair Bolsonaro.
O episódio mais grave foi a demissão de Jean Paul Prates da Petrobras, que também afetou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Haddad, frequentemente contrariado por Rui Costa, tem enfrentado dificuldades para manter a coesão na área econômica e até a segurança no cargo dentro do governo.
Além disso, Costa tem se envolvido em outras disputas internas, como o contingenciamento de R$ 20 bilhões do PAC, defendido por Alexandre Padilha, e na disputa por vagas no STJ, quando foi derrotado. Rui Costa ainda está envolvido em investigações em curso.
Esses episódios destacam os riscos da confiança cega de Lula em um ministro que, ao invés de promover a unidade, parece alimentar desavenças e instabilidades dentro do governo.