O presidente Jair Bolsonaro conseguiu somar dois novos horrores para a sua lista interminável.
Enquanto a Bahia sofre com as chuvas, desabrigados, mortos, o presidente tira férias em Santa Catarina para descansar e passar o réveillon.
O estrago pelas enchentes continuam no estado nordestino, mas Bolsonaro anda de Jet Ski pelos mares brasileiros do Sul.
Um presidente deve liderar, mostrar empatia. Bolsonaro leva a ideologia de extrema-direita até para as tragédias humanitárias, não estendendo a mão para o governador da Bahia, Rui Costa.
A história ainda piora quando, lá de Santa Catarina, o presidente diz que não vai vacinar a filha de 11 anos contra a Covid-19.
“Espero que não haja interferência do Judiciário porque a minha filha não vai se vacinar, tem 11 anos de idade. A questão da vacina para criança é muito incipiente ainda, o mundo ainda tem muita dúvida”, afirmou.
As declarações de um presidente reverberam – seja para o bem, seja para mal. Bolsonaro adora a segunda parte. Sua declaração contraria (mais uma vez) a ciência.
Nos Estados Unidos, cerca de 7 milhões de crianças já receberam a vacina. Autoridades sanitárias têm garantido a eficácia da Pfizer em crianças.
Mas o presidente brasileiro quer incutir nos pais a dúvida para que eles não vacinem seus filhos, além de fazer uma queda de braço com a Anvisa enquanto mortes de crianças por Covid superam a média anual de óbitos por outras doenças.