Jair Bolsonaro diminuiu a importância das duas condenações que pesam sobre ele no Tribunal Superior Eleitoral e se colocou como candidato à presidência na Conferência de Política Ação e Conservadora, em Balneário Camboriú, evento anual mais importante da extrema-direita.
Para o ex-presidente, uma nova composição na corte eleitoral pode derrubar a dupla inelegibilidade que o tira da disputa de 2026. Se isso não acontecer, o Congresso poderá aprovar alguma forma de perdão para colocá-lo novamente no tabuleiro político brasileiro.
Enquanto não passa de mais uma narrativa do grupo político, o presidente da Argentina, Javier Milei, veio ao Brasil engrossar o coro de outra estratégia de Bolsonaro desde que saiu da presidência: a vitimização.
A verdade é que o líder da extrema direita argentina fez um papel absurdo, totalmente inadequado para um chefe de estado. Faltou a cúpula do Mercosul para vir a um evento não governamental e ainda atacou o governo e o judiciário brasileiro, dizendo que o aliado brasileiro é um perseguido político.
RACHA NA FAMÍLIA
É nesse contexto que veio à superfície um novo problema para Bolsonaro.
De ultra festejado no evento conservador, o ex-presidente viu ser exposto nas redes sociais um racha na família. Ao ver uma foto do pai segurando a filha do deputado Nikolas Ferreira, Carlos Bolsonaro reclamou que o ex-presidente não segura a filha dele no colo.
Para completar, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro comentou falando em “inveja e maldade”, mostrando que o clima entre Carlos e ela continua tóxico.
Trata-se de um racha interno importante já que o filho Zero 2 sempre alavancou as redes sociais de Bolsonaro, enquanto Michelle está cada vez mais perto de herdar o capital político do marido.