Lula não perdeu tempo como presidente eleito.
A busca por reconstruir a imagem do país no exterior após os anos-párias de Jair Bolsonaro ganhou um importante capítulo.
Lula vai oferecer o solo brasileiro para ser o estuário da COP-30, que poderá desembocar por aqui em 2025, se tudo der certo (e parece que vai, já que a comunidade internacional está exultante com a participação do governo eleito na COP-27).
Mas o que o retorno da conferência do clima ao Brasil significa na prática? Que o petista está sinalizando à comunidade internacional algo importantíssimo.
Lula está se comprometendo ainda mais com as questões ambientais, já que estará no terceiro ano de seu mandato e terá que mostrar serviço de 2023 até lá para não transformar uma agenda positiva em uma muito negativa.
É a prova de que as promessas de campanha de combater firmemente o desmatamento – incluindo os compromissos que renderam o apoio de Marina Silva – são reais e verdadeiras.
Para além disso, busca recuperar o protagonismo no tema Meio Ambiente, em relação ao qual o país foi se autoexcluindo com Bolsonaro, Ricardo Salles e o aumento da destruição na Amazônia.
Não se esqueçam de que o bolsonarismo não aceitou sediar a COP-25, em 2019, por recomendação do próprio presidente, que acabou sendo realizada em Madri.
Antes, contudo, o Chile tentou – mesmo em um governo conservador e de direita – assumir o posto do Brasil. Só não conseguiu porque foi no ano de atos que pediam a mudança na constituição e que impediram a realização de eventos internacionais.
É o Brasil de Lula voltando à liderança da América do Sul em temas importantes, que podem gerar investimentos internacionais e prestígio. Floresta em pé é bom negócio. Só a extrema-direita brasileira acredita que não.