O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, tentará dividir a responsabilidade com os líderes dos partidos se houver a instalação da CPI do MEC no Senado.
Segundo apurou a coluna, tem se discutido duas coisas nos bastidores da Casa: a viabilidade de uma Comissão Parlamentar de Inquérito no período eleitoral e se os senadores estarão mesmo dispostos a ficar presos em Brasília durante este importante ano (em que cada voto nos estados contará).
Ao menos 40 senadores estão envolvidos diretamente em eleições estaduais. A outra metade não assegura o número para formar a CPI do Ministério da Educação, que apuraria corrupção e tráfico de influência na pasta.
Todas essas questões serão discutidas nesta terça-feira, 5, na reunião de líderes dos partidos com a participação de Pacheco, que não demonstrará interesse algum em evitar a Comissão do MEC.
Fato é que a única CPI com força para ir adiante é a do Ministério da Educação, porque tem fatos recentes e determinantes (prisão do ex-ministro Milton Ribeiro e a suspeita de interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal) sendo apurados.
As outras são defendidas por quem quer desviar o foco do escândalo do MEC, como a CPI das Ongs, uma pauta totalmente bolsonarista, e a do crime organizado e narcotráfico. Se for viabilizada, será mais um tiro no pé de Bolsonaro.