A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, terá mais um desafio para transpor em relação à tentativa de exploração de petróleo na costa do Amapá.
O senador Omar Aziz, que será o relator do arcabouço fiscal no Senado, já deixou um rastro de ataques contra a maior autoridade ambiental do Brasil.
“A ministra do Meio Ambiente, no primeiro governo Lula, já criou um calo para ele. Não tinha bolha, era só um calo. Agora não, criou um calo com bolha para o presidente”, disse Omar Aziz.
O senador errou. Foi na segunda gestão Lula.
Ele se referia ao desentendimento entre Marina e Dilma Rousseff, que culminou com a saída da primeira do Lula-2, em 2009.
Na ocasião, a ministra não só criticou o governo, mas também fez uma avaliação negativa das noções de desenvolvimento da então ministra-chefe da Casa Civil.
”Dilma tem uma relação muito forte com a visão tradicional e antiga de desenvolvimento”, disse Marina em entrevista a este colunista catorze anos atrás.
No varejo, em Brasília, já se diz que Aziz faz parte do que já se chama de nova “coalizão antiambiental” na base de um governo Lula.
“Agora o calo do presidente Lula vai doer um pouco mais porque vai se tornar uma bolha. Se eles estão questionando a retirada do petróleo a 580km da costa, imagine quando a gente quiser retirar em terra firme o petróleo e o gás que nós temos no Estado do Amazonas. Aí será um caos”, completou Omar Aziz.
Como se pode ver, leitor, há mais políticos da região Norte que querem investimentos da Petrobras, e não só no Amapá, mas também em outros estados.
Por isso, o tema “exploração de petróleo na costa do Amapá” virou cabo de guerra. E, agora, pode virar moeda de troca em todas as discussões, inclusive na do arcabouço fiscal no Senado.
Omar Aziz já colocou o discurso dele na mesa…