Esta será uma semana tensa no Itamaraty. A expressão “banho de sangue” usada pelo presidente da Venezuela Nicolás Maduro ainda repercute no Ministério das Relações Exteriores.
A eleição será no próximo domingo, 28 de julho, e as pesquisas não estão favoráveis a Maduro. Pelo contrário.
Mesmo cerceando de todas as formas a oposição, impedindo candidaturas como a de Maria Corina Machado, e prendendo opositores, o governo está atrás em todas as pesquisas.
O desconhecido professor Edmundo Gonzále Urrutia apesar de ter sido uma escolha de última hora, e não tendo jamais disputado eleições, está na frente.
O problema é que na Venezuela, desde 1998, o chavismo só respeitou as eleições, referendos e plebiscitos que venceu. A incerteza cerca a disputa no país vizinho.
São muitas as dúvidas. Se a oposição vencer, haverá transição para um novo governo? O processo eleitoral será democrático ou fraudulento? Se Maduro vencer, a oposição vai respeitar?
A maior das dúvidas no entanto é o que o presidente Nicolás Maduro, disputando seu terceiro mandato, quis dizer com a
declaração de que se ele não vencer haverá um banho de sangue no país.
O governo petista que muitas vezes foi excessivamente paciente (para dizer o mínimo) com o regime chavista acompanha os acontecimentos com ansiedade.