Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana

Matheus Leitão

Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
Continua após publicidade

O exemplo de Mbappé ao futebol e à política brasileira

Craque francês mostra que esporte e atletas não precisam ser alienados

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 17 jun 2024, 20h48 - Publicado em 17 jun 2024, 18h33
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Protagonista em duas finais de Copas do Mundo, o jovem Kylian Mbappé, de apenas 25 anos, mostrou nesta segunda-feira, 17, que ser uma estrela mundial do esporte não exige, necessariamente, alienação política ou desprezo pelos grupos vulnerabilizados. Sem delongas, ele convocou a juventude francesa a comparecer às urnas para impedir que a extrema-direita controle a política da França.

    Ele falou sobre o tema em uma coletiva de imprensa que tinha como foco esperado a Eurocopa 2024. Mbappé, no entanto, escapou das declarações óbvias sobre banalidades do jogo, como ocorre na maioria das entrevistas esportivas, e não fugiu das perguntas sobre política. Ele apoiou o colega Marcus Thuram, que havia declarado publicamente seu voto contra os extremistas de direita que são favoritos na eleição para o legislativo francês.

    Mbappé tem motivo para temer a ascensão direitista, uma vez que os grupos associados ao partido de Marine Le Pen sustentam um discurso de ódio contra minorias, imigrantes e seus filhos. O jogador é, ele mesmo, filho de pai nascido em Camarões e de mãe com origem argelina.

    No Brasil, os ídolos do esporte caminham na direção oposta. Flamengo e Palmeiras – os dois principais times em qualidade técnica dos últimos anos – passaram o governo de Jair Bolsonaro servindo de trampolim para o presidente se defender ou se promover, sempre com base em pautas retrógradas, preconceituosas e danosas ao Brasil. O principal jogador brasileiro, Neymar, até hoje defende o ex-presidente de extrema-direita.

    A Mbappé e Marcus Thuram – filho de Lilian Thuram, campeão em 1998 contra o Brasil – já se uniu a um ídolo do passado recente da França, o ex-atacante Henry. No Brasil, seria um alento se os craques de ontem saíssem em defesa do que é correto, refutando a violência contra a mulher, a invasão da vida privada por igrejas, o desprezo pela vida, o apreço pela pandemia, o racismo estrutural em suas mais diversas formas de manifestação, a homofobia e tantos outros males que permeiam o futebol e a sociedade brasileira.

    Certamente isso ajudaria não só a saldar parte da dívida que o meio esportivo acumula em termos políticos para com o país, mas também contribuiria para uma melhora significativa da construção democrática do nosso país.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.