Entregue pelo Governo Lula ao Congresso em meados de junho para virar lei, a proposta do novo Plano Nacional de Educação (PNE) inquieta especialistas que monitoram a tramitação do tema.
Além das falhas de governança no documento, como a ausência de metas objetivas para os próximos dez anos nas políticas públicas do setor, cria-se um abismo em relação às necessidades do setor produtivo.
Num mundo em que tecnologias como a inteligência artificial avançam a passos largos – estima-se que o salto nos próximos cinco anos nessa área será equivalente a um século -, instituições como a De Olho no Material Escolar temem que a geração de alunos que inicia agora sua formação não consiga ter uma base razoável ou a chance de um futuro melhor.
Segundo índice recente que avaliou a qualificação escolar no Brasil, só 30% dos alunos que entraram na sala de aula em 2019 chegarão ao fim de sua jornada preparados para um mercado de trabalho cada vez mais desafiador.
E se o PNE for aprovado como está, sem que a sociedade cobre avanços objetivos, o País tende a perder mais posições no ranking global de competitividade.