A crise internacional gerada pelo presidente Lula, ao comparar os crimes de guerra de Israel na Faixa de Gaza com o Holocausto, chegou também na base aliada do governo no Congresso Nacional.
Além do estresse diplomático sem precedentes com Israel – com Lula sendo classificado como persona non grata por aquele país -, as divergências no próprio PT e o combustível dado para a extrema-direita brasileira com a “frase inadequada”, Lula conseguiu o descontentamento de lideranças do partidos como MDB e PSD.
Em conversas com a coluna, caciques dos dois partidos afirmaram que não gostaram da declaração e acreditam que o presidente errou ao fazer a declaração, perdendo também o timing para um pedido de desculpas, o que seria o adequado.
Todos eles fazem também a ponderação que, de fato, era preciso continuar as críticas aos crimes de guerra cometidos pelo governo de extrema-direita de Benjamin Netanyahu contra o povo palestino – após o atentado terrorista do dia 7 de outubro.
Esses políticos também ponderam que houve excesso na resposta de Israel à declaração de Lula, mas pontuam que o primeiro erro foi o de Lula, usando a palavra Holocausto de forma indevida.
Segundo esses políticos, Lula pode sim sofrer desgastes em votações no Congresso pela declaração, especialmente se não fizer algum tipo de retratação
Pelo menos essa foi a afirmação de lideranças desses dois partidos à coluna.