Seja com a pizza, em Nova York, seja no jogo de futebol, em Santos. Seja ao ser barrado em um restaurante nos Estados Unidos, ou em um estádio no litoral paulista, o presidente Jair Bolsonaro quer manter apenas o meme de mito.
Sem qualquer comprovação de que ele tenha mais anticorpos que um vacinado, por exemplo, o presidente quer se mostrar superior. Essa é a questão número 1 do governo. Bolsonaro quer alimentar a ideia de ser uma pessoa com super poderes entre os adoradores do mito.
O presidente ganhou uma eleição praticamente na base do meme – entre 2017 e 2018 passou, com ajuda diária de Carluxo, o Filho Zero Dois, fazendo memes e “lacrações” na internet, no YouTube e em outras redes sociais, para criar o personagem do mito. Claro que a essa altura já sabemos que existia uma estrutura profissional, muito bem financiada, atrás dos filhos.
Ocorre que passaram-se 34 meses e nada. O presidente não governa. Mas continua, sim, a produzir memes. Assim que foi proibido de entrar no restaurante em Nova York, começaram a pipocar nas redes fotos de Bolsonaro e sua equipe comendo na rua acompanhado da frase: “presidente do povo”.
Com certeza a equipe de Carluxo vai pensar em mais um relacionado ao jogo do Santos, no qual o presidente foi “barrado”. E se não pensar nesta, na próxima haverá um novo meme rápido em resposta às matérias jornalísticas dos veículos de comunicação.
Tem um que é clássico: o gif do Bolsonaro rindo no seu gabinete de deputado, fazendo arminhas com as duas mãos e recostando a cadeira, seguido de frases como: “Bolsonaro até 2026”, “Chora mais”, “Comunistas não se aguentam”, essas besteiras, etc.
É o capitão meme. O presidente do Brasil em ação. Ou não. Só o gabinete do ódio e das “trolagens” trabalhando mirando 2022. Enquanto isso, o país sofre com crises como a sanitária, a econômica, a política, a energética, a hídrica, a de abastecimento…