O empate triplo na nova pesquisa Quaest, divulgada nesta quarta-feira, 28, pelo instituto, revela que o ex-coach Pablo Marçal, mesmo com as contas nas redes sociais suspensas, tem sim o que comemorar.
Os números – Guilherme Boulos (PSOL) com 22% das intenções de voto, Marçal (PRTB) com 19% e Ricardo Nunes (MDB), com 19% – mostram que o empresário está definitivamente no páreo da disputa pela prefeitura de São Paulo.
Mesmo com quase todas as variações ocorrendo dentro do limite da margem de erro – isso, se compararmos com o levantamento anterior – é certo que Pablo Marçal tem se comunicado de forma direta com o paulistano, roubando votos do atual prefeito Ricardo Nunes e do PSDB de José Luiz Datena.
Marçal tem conseguido tirar votos do candidato oficial do bolsonarismo e da direita tradicional paulista através de uma estratégia agressiva, destrambelhada, sem pudor no uso das fakenews e sem qualquer conexão com a forma convencional de campanha antes de 2018.
O novo racha na direita paulista e no bolsonarismo, no qual Marçal já fez o líder máximo da extrema-direita Jair Bolsonaro, provar de seu próprio veneno, promete continuar se as campanhas de Nunes e Datena não fizeram novas estratégias para as redes sociais.
No levantamento anterior do mesmo instituto, feito no final de julho, Nunes tinha 20% e estava empatado tecnicamente com Boulos e Datena, ambos com 19%. Marçal, naquela sondagem, tinha 13%.
Agora, o ex-coach e o apresentador trocaram de posição, com Datena aparecendo com 12%. Nem mesmo Tabata Amaral (PSB), única que tem enfrentado diretamente a agressividade de Marçal, conseguiu mudar seu destino nessas eleições e manteve-se no patamar de 8%.
Não está nada fácil a vida dos estrategistas de campanha na cidade mais cobiçada da América Latina.