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O governo está tentando fingir que não doeu, mas doeu.
Na verdade, mais que um sinal de alerta, o resultado principal da última pesquisa AtlasIntel acendeu um holofote amarelo no Palácio do Planalto ao registrar uma queda na popularidade do presidente Lula.
Divulgados na quinta 7, os dados mostram que, pela primeira vez no governo Lula 3, a quantidade de pessoas descontentes com a gestão petista supera a das que estão satisfeitas.
Isso não é um fato qualquer, leitores.
A própria aprovação do presidente despencou de 52%, em janeiro, para 47%, agora — enquanto a desaprovação foi de 43% para 46%.
Ricardo Ferraz, de VEJA, ainda chamou atenção para um fato importantíssimo: impressionantes 53% consideram a situação econômica do país ruim — e apenas 28%, boa.
O governo, que comemorava o fato de o PIB do ano passado ter ficado em 2,9% — o melhor resultado em doze anos –, ainda não conseguiu transformar as boas notícias na economia em dividendos políticos.
E isso nos leva a outro problema do presidente Lula com pesquisas nesta semana.
O mandatário esquerdista recebeu a notícia de que vários dados da pesquisa Quaest, divulgada nesta quarta, 6, são preocupantes para o seu governo, incluindo a preocupação dos brasileiros com a inflação de alimentos.
Lula viu a reprovação ao seu nome disparar não só entre os evangélicos, ao comparar o horror em Gaza com o Holocausto, mas também entre os mais jovens — segmento dominado pelo PT por décadas — e entre as mulheres, imprescindíveis para a vitória da esquerda contra Jair Bolsonaro.
A barba de Lula já não é tão cheia quanto nos dois primeiros mandatos, mas está na hora de deixá-la de molho.
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