Lideranças da Terra Indígena do Vale do Javari, no extremo oeste do Amazonas, reclamam que, mesmo após a troca do governo Bolsonaro para o de Lula, as invasões por caçadores, garimpeiros e madeireiros continuam a acontecer na região.
Alguns desses indígenas acreditam que a situação está, inclusive, pior. Outros, igual. Apenas uma liderança vê como um pouco melhor.
Mas a marcação temporal mais importante não é nem uma nova gestão federal no país, mas diz respeito à melhora ou à piora da situação no Vale do Javari após o assassinato do indigenista Bruno Pereira.
De acordo com essas lideranças indígenas, houve um esforço concentrado das autoridades na época do bárbaro crime, o que melhorou consideravelmente a situação na região.
Agora, contudo, quase dois anos depois do caso que chocou o mundo, contraventores andam livremente na segunda maior terra indígena demarcada do Brasil, com 8,5 milhões de hectares, atrás apenas da região dos Yanomami.
A TI Vale do Javari está localizada no extremo oeste do estado do Amazonas e tem fronteira com o Peru.
Presentes nesta semana em Brasília – nos 20 anos do Acampamento Terra Livre (ATL) – Walcley Kulina, Dhiani Kanamari, Bushe Matis, Txamã Matis, Tumi Tukum Matis e Tawan Korubo pediram para conversar com a coluna em vídeo.
O que eles disseram – junto com o sertanista Sydney Possuelo – pode ser visto no vídeo abaixo, leitor. E retrata um quadro alarmante na região amazônica…
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