Home office evidencia abismo social entre mais ricos e mais pobres
Levantamento aponta que 50% dos entrevistados da classe A estão em home office. Na classe E, a mais baixa, apenas 20% conseguiram trabalhar de casa
A pandemia do coronavírus trouxe uma nova realidade para milhões de trabalhadores brasileiros: a possibilidade de trabalhar em casa e não ter que se deslocar todos os dias até o local de trabalho.
Apesar dos benefícios trazidos pelo home office, uma pesquisa da agência Conversion divulgada nesta quarta, 9, mostra que a nova realidade evidenciou o abismo social que existe no país. Segundo o estudo, os mais ricos têm 150% mais acesso ao home office do que os mais pobres.
Os dados do levantamento apontam que 50% dos entrevistados da classe A estão em home office integral ou parcialmente. Na classe E, a mais baixa, apenas 20% conseguiram trabalhar de casa de forma integral ou parcial. Das cinco classes, a que possui maior participação em home office é a B, com 53,7% dos entrevistados trabalhando dessa forma.
A chance de passar mais tempo com a família foi apontada por 70,63% dos entrevistados como o ponto mais positivo do home office. Em seguida, aparece a possibilidade de passar menos tempo no trânsito, indicada por 48,13% das pessoas.
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Clique e AssineOutro dado importante revelado pelo estudo da Conversion mostra que 39,8% dos brasileiros estão trabalhando em home office integral ou parcialmente. Além disso, 30% estão trabalhando presencialmente e 26,3% afirmam estar desempregados.
Quando questionados sobre o futuro, 21,3% dos entrevistados afirmam que o home office é a modalidade de trabalho mais interessante, enquanto 52,3% defendem um formato híbrido e 26,5% dizem que o trabalho presencial continua sendo melhor.
A pandemia e as medidas de isolamento social ressaltaram também a possibilidade de empreender. De acordo com o levantamento, 25,12% das mulheres consultadas começaram a empreender na pandemia. Entre os homens, o percentual é de 20,73%.