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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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Produção em massa de cloroquina pelo Exército ajudou a derrubar Teich

Aumento da fabricação do medicamento pelas Forças Armadas subiu de cerca de 250 mil comprimidos a cada dois anos para mais de 500 mil por semana

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 15 Maio 2020, 20h49 - Publicado em 15 Maio 2020, 13h29
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  • Uma das pressões que levaram ao anúncio da saída de Nelson Teich do Ministério da Saúde nasceu no Exército, que ampliou em escala nunca vista a produção da cloroquina, medicamento usado contra doenças como malária e lúpus.

    Por determinação do presidente Jair Bolsonaro, que tem defendido o uso indiscriminado do medicamento em infectados pelo coronavírus, o Laboratório Químico Farmacêutico do Exército (LQFEx) começou a produzir a cloroquina em larga escala no dia 23 de março, exatamente 52 dias atrás e antes mesmo de Teich assumir a pasta.

    A média da produção do laboratório do Exército era em torno de 200 e 250 mil comprimidos a cada dois anos, já que ela era voltada ao consumo interno e para combater a malária. A nova meta de produção, em meio à pandemia, é o de 1 milhão de comprimidos por semana, e já superou os 500 mil a cada sete dias em abril.

    Não há comprovação científica de que a cloroquina tem eficácia no combate à Covid-19. Enquanto Luiz Henrique Mandetta foi demitido por defender o isolamento social, Teich foi se desgastando com a negativa em apoiar o uso da cloroquina no tratamento de doentes infectados pelo coronavírus.

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    Em meio a isso, a produção em massa da cloroquina pelo Exército passou a receber até a ajuda dos laboratórios químicos da Marinha e da Aeronáutica. Sem demanda para a oferta gerada pela nova produção a conta começou a ficar cara demais. 

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