Articuladores políticos do presidente Jair Bolsonaro tem cada vez mais falado e difundido uma preocupação em relação ao candidato pedetista à presidência, Ciro Gomes.O movimento não é por acaso. E sim, estratégia. No bolsonarismo nada é por acaso.
Um dos principais assessores do presidente contou que a ideia é usar Ciro para fingir não ter medo do ex-presidente Lula, o provável e mais difícil adversário de Bolsonaro em 2022.
Segundo informou o Radar, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, fez uma exposição com os diferentes cenários de 2022, e apontou Ciro como o único, no momento, com um marqueteiro para oferecer risco em 2022.
Como informou a coluna, a contratação de João Santana preocupa mais o próprio PT, porque o marqueteiro é praticamente um “arquivo vivo” do partido que esteve no poder por 13 anos consecutivos.
Sim, João Santana já mudou a cara de Ciro Gomes em pequenas inserções nas redes sociais. Santana começa a mostrar o mesmo estilo que usou nas vitoriosas campanhas de Lula em 2006 e de Dilma em 2010 e 2014.
Talvez nem mesmo o marqueteiro acredite que Ciro possa ser o candidato de centro que vai impedir a chegada de Bolsonaro ao segundo turno. A maior chance é de que Lula esteja lá, se continuarem as mesmas condições de temperatura e pressão que são vistas hoje no país.
O país sabe que Lula aprendeu a ganhar uma eleição em dois turnos. Há uma aura sobre os governos do petista, seja na forma de fazer política, seja na de dar certo na economia. Lula já está se aproximando até dos evangélicos, reduto fiel ao bolsonarismo.
Por isso tudo, o medo de Jair Bolsonaro é de Lula e não de Ciro, que poderá ter um teto baixo como em 2018. No Palácio do Planalto, a ideia é usar Ciro de palhaço da tourada, apenas como chamariz para tirarem o olho do ator principal.