A pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta, 11, mostra a manutenção da diferença entre Lula e Bolsonaro, ou seja, estabilidade, mas traz uma notícia especialmente positiva para o atual presidente: a avaliação do governo teve melhora expressiva entre fevereiro e maio deste ano.
Segundo o levantamento, a avaliação ruim do governo caiu cinco pontos: estava em 51% em fevereiro e agora está em 46%. Já a avaliação regular subiu de 25 pontos percentuais em fevereiro para 27 em maio. A avaliação positiva também cresceu: de 22 pontos percentuais em fevereiro para 25 neste mês.
Quando a análise é feita por regiões, o destaque fica para a região Norte, onde a avaliação ruim caiu 18 pontos percentuais entre novembro do ano passado e maio deste ano.
Segundo a pesquisa, 59% dos entrevistados avaliavam o governo como ruim em novembro na região Norte. Agora, esse percentual é de 41%.
Analisando o mesmo período, a avaliação ruim na região Sul caiu de 54 pontos percentuais em novembro para 37 em maio. Na região centro-oeste, a avaliação caiu de 54% para 40 pontos percentuais entre novembro e maio.
As menores quedas aconteceram no Nordeste e Sudeste. No Nordeste, a avaliação ruim caiu de 60% para 51%. No Sudeste, caiu de 54% para 47%.
A pesquisa da Genial/Quaest é especialmente relevante porque é realizada de forma presencial e, por isso, apresenta resultados mais precisos do que os levantamentos feitos por telefone. A tendência positiva para o presidente só foi apontada nesta semana pela pesquisa da MDA, encomendada pela CNT, e divulgada nesta terça, 10.
Em relação ao crescimento das intenções de voto, o ex-presidente Lula parece estar em uma linha reta, apenas mantendo os números que já tem desde o ano passado. Bolsonaro, que também estava em linha reta até a saída de Sérgio Moro da disputa, manteve uma curva de crescimento e agora pode estar estabilizando.
A notícia sobre a avaliação do governo é boa, mas Bolsonaro ainda deve sofrer com a questão econômica.
O levantamento da Genial/Quaest mostra que 50% dos entrevistados apontam que a economia é o principal problema do país. Enquanto não conseguir resolver essa área, o presidente deve deixar de ganhar votos que podem ser decisivos em outubro.