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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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A resposta que Bolsonaro ainda precisa dar a Marçal

Entenda por que o comportamento kamikaze do coach tem potencial para abalar as estruturas do bolsonarismo

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 22 ago 2024, 18h37 - Publicado em 22 ago 2024, 18h28
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  • Candidato do PRTB trocou farpas com Bolsonaro nas redes nos últimos dias
    Candidato do PRTB trocou farpas com Bolsonaro nas redes nos últimos dias (Twitter/Pablo Marçal/Reprodução)

    A dinâmica eleitoral que se desenrola em São Paulo revela mais do que as táticas habituais de campanha. Pablo Marçal, com suas manobras beligerantes, preenche o vácuo de liderança deixado pelo silêncio de Bolsonaro.

    O comportamento tem o potencial não apenas de redefinir sua própria trajetória política, que outrora era de mero participante em busca de holofotes, mas também de colocar em xeque as campanhas de seus rivais, especialmente a de Ricardo Nunes.

    A controvérsia que andava a passos largos ganhou novo destaque nesta quinta, 22, a partir de uma postagem no Instagram de Bolsonaro, que elogiava os investimentos do seu governo no setor ferroviário. Marçal, em uma tentativa de reaproximação, fez um comentário exaltando Bolsonaro, no que claramente indicava uma tentativa de afagá-lo. No entanto, a reação de Bolsonaro foi cortar qualquer suposição de cumplicidade com um simples “nós?”.

    Este mero questionamento não apenas negou a inclusão de Marçal no legado do ex-presidente, mas também desencadeou uma resposta do ex-coach, que reivindicou ter contribuído com R$ 100 mil para a campanha presidencial de Bolsonaro e auxiliado com estratégias digitais, ação que o colocou sob investigação da PF.

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    O ato de Marçal desafia Bolsonaro e coloca em risco a coesão do bolsonarismo, por isso o eloquente silêncio do ex-presidente após nova provocação publicada por Marçal. Sua postura desafiadora exige não apenas uma resposta, mas uma profunda reflexão por parte de quem cuida da estratégia de campanha de Nunes.

    A hesitação de Bolsonaro em responder às provocações revela ainda uma vulnerabilidade que pode ser fatal para a coesão de seu grupo político e, especialmente, do eleitorado que se vê neste momento diante de um novo franco atirador no campo político.

    As análises recentes mostram um crescimento notável de Marçal entre os eleitores anteriormente alinhados a Nunes, destacando uma possível reconfiguração das lealdades políticas em São Paulo. Este avanço não apenas complica a corrida eleitoral, mas sinaliza uma erosão significativa na base de apoio de Nunes, enfatizando a eficácia da estratégia de Marçal e aumentando a pressão sobre Bolsonaro para reagir e não correr o risco de perder a prefeitura mais importante do país para opositor nato, no caso Guilherme Boulos. E principalmente para não ser superado por alguém de sua própria corrente política.

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    As controvérsias que envolvem Marçal e o PRTB adicionam uma camada de incerteza e desconfiança no futuro próximo da eleição. As acusações que envolvem a troca de carros de luxo por cocaína e o envolvimento em fraudes imobiliárias minam profundamente a integridade de Marçal e seu círculo próximo, na cúpula do PRTB.

    A pesquisa Atlas também mostra que a estratégia dos adversários de abandonar os debates para não dar mais palco para Marçal também não parece dar bons resultados até o momento. Como essa dinâmica complexa e tensa se desdobrará ainda é uma incógnita.

     

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