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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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A receita da primeira mulher negra no TSE para combater a desigualdade

Entenda

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 12 jun 2024, 18h54 - Publicado em 12 jun 2024, 18h47

A ministra Edilene Lôbo, primeira mulher negra a integrar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), fez uma palestra impactante sobre o protagonismo feminino na política, na abertura do Congresso Conamp Mulher, organizado pela Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp). Durante sua fala, a ministra apresentou dados alarmantes sobre a sub-representação das mulheres, especialmente das mulheres negras, nas estruturas de poder do Brasil.

O evento ocorre até 13 de junho, em Brasília, e tem como objetivo debater a democracia sob a perspectiva de gênero e raça, como fez a ministra em sua fala. Ela exemplificou a baixa representatividade feminina com o dado de que apenas 16% dos municípios (891 de 5.569) têm mulheres em suas Câmaras de Municipais. A ministra também ressaltou a baixa representatividade na Câmara dos Deputados, onde as mulheres ocupam apenas 17,5% das cadeiras (89 de 513) –e menos de 6% são de mulheres negras.

Ela enfatizou a necessidade de estratégias eficazes para combater a desigualdade de gênero e raça na política, incluindo a aplicação rigorosa da Súmula 73 do TSE e a fiscalização do Fundo Especial de Financiamento de Campanha, que deve garantir recursos financeiros para candidaturas femininas e de pessoas negras. “Precisamos gritar sempre, fazer nossa voz ser ouvida, e lutar para romper o ciclo da desigualdade. Se a desigualdade é construída, nós vamos demoli-la”, afirmou a magistrada.

Além disso, Edilene Lôbo alertou para a importância da vigilância contra a fraude nas candidaturas femininas e para a aplicação do artigo 326-B do Código Eleitoral, que tipifica a violência política contra mulheres. Ela reforçou a necessidade de um plano de mitigação de riscos de violência política, especialmente no meio digital, onde as mulheres negras são as principais vítimas.

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“Precisamos fazer nossa voz ecoar ao máximo. Gritem sempre. Vocês vão ver que uma das estratégias que travam para o tema das eleições de 2024 é gritar. Gritar sempre”, disse a ministra, destacando a importância de assegurar que os recursos do Fundo Público estejam nas contas das campanhas femininas até 30 de agosto.

Edilene também mencionou a importância de conferir se os elementos mínimos para sustentar uma ação de cassação de mandato estão presentes, como a ausência de propaganda eleitoral, falta de recursos para campanha e ausência de prestação de contas. “Se a campanha feminina não tiver dinheiro, é outro indicativo. Se não houver depois das eleições votação significativa dessas mulheres, é outro indicativo importante”, explicou.

A ministra finalizou sua palestra destacando a necessidade de envolvimento do Ministério Público na base, para apoiar as candidatas e assegurar que seus direitos sejam respeitados. “Nós precisamos, quando do registro, saber quem são as mulheres candidatas em cada município. É preciso olhar no olho de cada uma delas e dizer: nós estamos aqui, nós estamos juntas. Não sucumba, não se submeta, não aceite, lute, grite sempre”, concluiu Edilene Lôbo.

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