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Matheus Leitão

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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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A nova mentira de Bolsonaro sobre o caso Adélio

Ou... o nefasto uso do atentado para tirar o foco do assassinato do dirigente petista em Foz do Iguaçu

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 jul 2022, 15h21 - Publicado em 12 jul 2022, 12h35
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    Adélio Bispo, que desferiu facada em Jair Bolsonaro em 2018 (reprodução/Reprodução)

    Quando Jair Bolsonaro foi esfaqueado em 2018 toda a imprensa brasileira condenou o violento e absurdo ataque contra ele. Os jornalistas também cobriram com afinco a investigação do caso para saber se o ato de Adélio Bispo era político ou se tinha ligação com facções criminosas.

    Não era e não tinha.

    De acordo com as investigações da Polícia Federal, Adélio planejou e executou o crime sozinho – e foi considerado inimputável por ter uma doença mental. O ponto final dessa história já ocorreu, há 25 meses.

    Mesmo tanto tempo depois e após os inquéritos – no plural mesmo – sobre o caso serem encerrados, o presidente da República insiste em criticar a imprensa pela cobertura do caso e em dizer que o crime era político, já que “Adélio é filiado ao PSOL”.

    Não é. Bolsonaro mente.

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    Mas foi a forma que o presidente encontrou para tentar tirar o foco do atual momento da nação, no qual um bolsonarista matou um dirigente petista a tiros – este, sim, um claro crime político que deveria ser federalizado o quanto antes pelo procurador-geral, Augusto Aras.

    Adélio ficou filiado ao PSOL ente 2007 e 2014. Deixou o partido quatro anos antes de fazer o atentado contra Bolsonaro. Contudo, já apresentava os sinais da doença mental que a investigação, que durou meses, comprovou que ele tinha.

    Ao fazer uso político da história, comparando os dois crimes, o presidente mais uma vez incita o ódio contra a esquerda, a violência e piora o quadro de terror que se agrava nas ruas à medida que as eleições se aproximam.

    O covarde e violento ataque do bolsonarista Jorge Garanho contra o dirigente petista Marcelo Arruda não mostra “um país polarizado”, como se tem repetido desde que o crime ocorreu no final de semana.

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    Aliás, o problema que o Brasil vive não é a polarização. Polarização é natural e era – hoje se pode dizer – até sadia quando os atores eram somente o PT e o PSDB.

    O problema é o bolsonarismo e o atual presidente da República.

    A polarização na política – e fora dela – sempre existiu. Ideias sempre vão se confrontar. Opiniões vão ter divergências, aqui e ali. Por isso, os debates precisam acontecer e os diálogos precisam ser promovidos.

    Mas com civilidade e cortesia, diante do desenvolvimento democrático e republicano das nações.

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    É que o bolsonarismo trouxe para a polarização um discurso de ódio, violento, desrespeitoso e intolerante, que intoxicou a política. O uso do caso Adélio pelo presidente é só mais um triste capítulo deste mal que adoeceu o país.

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