A nova pesquisa Atlas Intel, divulgada nesta segunda, 23, confirmou a tendência de queda do ex-coach Pablo Marçal nas eleições de São Paulo. Esse é o momento mais tenso da campanha do empresário que precisará mudar a estratégia de marketing, especialmente com as mulheres.
Em entrevista à rádio CBN hoje, Marçal fez de tudo e mais um pouco para conseguir desfazer sua rejeição entre as mulheres – o ex-coach é o candidato mais rejeitado no segmento – e estancar sua queda nas pesquisas.
Não acredito que tenha conseguido.
Pablo Marçal quer mostrar agora uma face menos beligerante (e mais centrada) após passar meses fazendo justamente o contrário. Criou factoides, mentiu, distorceu. Agora quer pedir desculpa e dizer, por exemplo, que não foi dele a ideia da cena da ambulância, com oxigênio, após a cadeirada de Datena.
O ex-coach parece ter inventado a lorota de que a pessoa responsável pela ideia, postando sem sua autorização, quase teria sido demitida de sua campanha. Por isso, acredito que não conseguiu mudar um ponto sequer na rejeição que lutou tanto para ter.
Na atual circunstância, após inventar a cena bizarra e pouco crível – comparando a cadeirada com a “facada de Bolsonaro” e o “tiro em Trump” – Marçal quer que as pessoas acreditem que aquilo foi um erro, mas não dele.
Passou a pedir para as mulheres eleitoras olharem para o filho, o irmão, o esposo e não pro candidato. Ora, ora… não é isso que pode salvá-lo e sim a verdade. Nua e crua.
O raciocínio dele sempre foi o de que para ser amada, ele precisava primeiro ser odiado. Talvez ele só consiga a segunda coisa.Tem gente que não aguenta mais o M de mentiroso.