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Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
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A inversão de valores na Caixa

Banco estatal parece deixar de lado a prevenção contra novos escândalos

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 16 jul 2024, 18h29 - Publicado em 16 jul 2024, 11h43
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    Brasília, DF, Brasil: Caixa Econômica Federal // (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil) (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

    Cerca de nove meses após recolocar o centrão no comando da Caixa Asset, o governo federal pariu mais um escândalo de arrepiar os cabelos e que, de acordo com o costume que ronda o poder e os poderosos no Brasil, deve acabar esquecido dentro de algum escaninho de Brasília.

    Falo da vergonhosa demissão de dois gerentes após eles se pronunciarem contra o banco estatal comprar 500 milhões de reais (ou seja: meio bilhão de reais) em papeis do banco Master que consideraram muito arriscados. A informação, de utilidade e interesse público, foi revelada pela equipe da coluna da jornalista Malu Gaspar, de O Globo.

    Como resposta, a Caixa negou que a demissão fosse retaliação e acenou com a realização de uma caça às bruxas. Em nota, disse que causava estranheza “o vazamento de documento sigiloso, cujo conhecimento se resumia a pouquíssimas pessoas, logo após a mudança da equipe”.

    Trata-se de escandalosa inversão de valores. O que deveria causar estranheza, mas não causa, é a forma corriqueira como maus negócios para o erário são apresentados e discutidos dentro dos órgãos públicos no Brasil, como se isso não fosse nada demais.

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    É esse o tipo de situação que justifica as críticas feitas por jornalistas e servidores zelosos com o bem público na época em que Lula anunciou a troca de Rita Serrano por Carlos Antônio Vieira na presidência da Caixa.

    Saiu uma funcionária de carreira, que desempenhou papel central contra os absurdos da administração de Bolsonaro e Pedro Guimarães no banco estatal, e entrou um apadrinhado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

    Causa espécie também a forma como algumas instituições conseguem se envolver em situações controversas, ignorar a necessidade de prestar explicações à sociedade e, ainda assim, manter portas abertas no alto escalão do poder.

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    Esse é o caso do próprio Banco Master, que patrocinou um evento realizado em Londres, em abril deste ano, sem estampar sua logo no material de divulgação, como registrou o Poder360.

    Na programação, estavam ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde há ações de interesse do banco. Como explicação, o Master disse apenas que a omissão de seu nome na divulgação do evento foi uma “estratégia de marca”.

    O que causa estranheza à atual cúpula da Caixa, no entanto, é ter chegado à imprensa que dois gerentes foram demitidos após recusarem um mal negócio de meio bilhão de reais. O que se passa na Caixa, neste momento, é uma grave inversão de valores.

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