Promoção do Ano: VEJA por apenas 4,00/mês

Matheus Leitão

Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Blog de notícias exclusivas e opinião nas áreas de política, direitos humanos e meio ambiente. Jornalista desde 2000, Matheus Leitão é vencedor de prêmios como Esso e Vladimir Herzog
Continua após publicidade

A intervenção não declarada do governo Lula no Rio

Entenda

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 10 Maio 2024, 08h23 - Publicado em 24 out 2023, 16h08
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Luiz Inácio Lula da Silva
    O presidente Lula durante o lançamento do novo PAC, no Rio de Janeiro, em agosto (MAURO PIMENTEL/AFP)

    A intervenção não declarada no Rio de Janeiro – feita pelo governo federal após os ataques da milícia à zona oeste da cidade, nesta segunda, 23 – tem poucas chances de dar certo.

    Sim, repito: intervenção não declarada no estado.

    Até porque, ao fim e ao cabo, a ida do secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, para lá, trata-se disso: de tentar fazer o que o governador, Cláudio Castro, não consegue resolver.

    Os últimos números divulgados pela Fogo Cruzado são assustadores. Segundo a ONG, 50% da área territorial da “Grande Rio” está sob o domínio das milícias – que superou o tráfico. As áreas dominadas pelos milicianos ainda cresceram 387% em 16 anos.

    Nesse período, o governo do Estado passou por políticos como Sergio Cabral, Pezão, Witzel e o próprio Castro, com partidos de centro, como o MDB, de direita, como PSC, e que engloba extrema-direita, como o PL.

    Deu certo? Não. Piorou? Sim.

    Continua após a publicidade

    Isso quer dizer que a esquerda, então, resolveria o problema? De forma alguma. O PT foi o partido que mais esteve à frente do governo federal, e nada melhorou também.

    Rio de Janeiro é uma área de guerra conflagrada. Como publicado pela coluna neste mês, apenas em um dia 17.730 crianças ficaram sem ir às escolas por conta do crime organizado. Dessas, 13.946 são do Complexo da Maré.

    O governo federal, aliás, tem uma grande agenda nesta quarta, 25, na comunidade, com a participação da presidência e dos ministérios da Justiça, Saúde, Igualdade Racial e Direitos Humanos.

    Também não deve resolver, nem mesmo a questão da favela da Maré.

    Uma intervenção oficial está descartada – inclusive, a última, comandada pelo general Braga Netto, terminou sem resolver o problema da violência no Estado.

    Continua após a publicidade

    Mas o governo Lula enviou o Ricardo Cappelli, de toda forma, para isso.

    Só não formalizam porque a intervenção é tratada com uma coisa mais agressiva, que já não deu certo, e paralisa algumas ações do Congresso Nacional, como aprovação de emenda constitucional.

    Ou seja, suspendem-se as emendas constitucionais quando há uma intervenção oficial numa das unidades da federação. Em Brasília, ninguém quer isso.

    E no Rio, Witzel acabou com a secretaria de segurança, dividindo-a em várias, e o Cláudio Castro não a restabeleceu. 

    É assim, de governo em governo estadual, de governo em governo federal, que nada melhora no Estado. E, volta e meia, a milícia mostra quem realmente manda na cidade maravilhosa e na região que a acolhe.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Veja e Vote.

    A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

    OFERTA
    VEJA E VOTE

    Digital Veja e Vote
    Digital Veja e Vote

    Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

    3 meses por 12,00
    (equivalente a 4,00/mês)

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

    a partir de 49,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.