Em reunião com chanceleres do G20, o presidente Lula disse nesta quarta-feira, 25, que o Brasil considera apresentar uma proposta de revisão da carta da ONU. O petista vem defendendo uma ampla reforma da Organização, principalmente, do Conselho de Segurança, ao qual gostaria de ser membro permanente. Lula citou o artigo 109 da Carta da ONU, que estabelece regras para a convocação de uma conferência-geral dos Estados-membros que precisaria da aprovação de ampla maioria, o que, neste momento, é pouco provável que aconteça. O encontro que ocorreu em Nova York foi proposto pelo Brasil, que preside o G20 neste ano.
Ainda durante a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, questionou o papel do Brasil como intermediador das negociações de paz entre seu país e a Rússia. Zelensky disse duvidar do “real interesse” de Brasil e China para liderar o diálogo entre Kiev e Moscou. O ucraniano acusa o governo federal de ter alianças com Vladimir Putin. E reafirmou que o único plano de paz possível para terminar a guerra em seu país é o dele.
Diante do agravamento do conflito entre Israel e o grupo xiita Hezbollah, no Líbano, o governo federal deve montar um esquema de retirada dos brasileiros similar ao que foi feito na Faixa de Gaza, utilizando aviões da FAB. A repatriação seria uma forma de agilizar a saída dos cidadãos que vivem na região. O Itamaraty destaca, no entanto, que vem fazendo a recomendação para que os brasileiros que quiserem deixar o país utilizem meios próprios. O aeroporto de Beirute, diz o governo, está operando normalmente e as fronteiras ainda estão liberadas. Mas há relatos de que os voos estão lotados e vários estão sendo cancelados. O governo começou a recolher nesta terça-feira, 24, os dados de brasileiros interessados em sair do país, são cerca de 21 mil que vivem por lá. Desde a última segunda-feira, 23, os ataques de Israel já deixaram mais de 600 mortos no Líbano e há centenas de feridos. Acompanhe o Giro VEJA.