Grupo de Lira vê jogo de cena em união de Elmar e Brito na Câmara
Sucessão na Casa está embolada desde que os líderes do União Brasil e do PSD se articularam por candidatura paralela
O jogo embolou na Câmara desde que o presidente do Republicanos, Marcos Pereira, abriu mão de sua candidatura à presidência da Casa e indicou o líder do partido, Hugo Motta, para disputar a vaga. O que parecia ser uma solução para o presidente Arthur Lira, que via a resistência dos deputados ao nome de Elmar Nascimento, virou uma ameaça vinda do próprio aliado.
O líder do União ficou em segundo plano na escolha do candidato que seria apoiado por Lira e não reagiu bem à notícia. Elmar tratou de costurar um acordo com o PSD de Antonio Brito, o outro candidato na disputa para fazer frente à campanha de Motta.
Nos bastidores, as negociações estão intensas por busca de apoio. Gilberto Kassab, presidente do PSD, tem tentado atrair o MDB, mas o partido tende a fechar com Motta, segundo integrantes da sigla ouvidos pela coluna, além do governo.
No PP de Lira, a avaliação é de que a união entre Elmar e Brito não passa de encenação pra “tentar prolongar a decisão ao máximo”. Segundo um importante nome da sigla, essa parceria entre os dois é impossível de acontecer porque eles são tipo “água e vinho”, e que a candidatura de Motta já conta com apoio da ampla maioria, até do PL de Jair Bolsonaro ao PT, ressaltou.
Mas o jogo não está jogado, ainda tem muita coisa que pode acontecer até as eleições no Legislativo, em fevereiro do ano que vem.