Campanha de Marçal explica medida usada para remunerar seguidores
Em entrevista a Veja, o coordenador do plano de governo do candidato do PRTB, Filipe Sabará, diz que suspensão de redes sociais foi “censura prévia”
Desde que suas redes sociais foram suspensas pela Justiça Eleitoral, no último sábado, 24, o candidato do PRTB à prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, tem acumulado de forma expressiva cada vez mais seguidores em novas contas que foram criadas por ele. No Instagram, por exemplo, até esta terça-feira, 27, já são 3,2 milhões de pessoas acompanhando o influencer. No seu perfil que foi suspenso, o coach tinha mais de 15 milhōes.
Em entrevista ao programa Ponto de Vista, de Veja, o coordenador do plano de governo de Marçal, Filipe Sabará, diz que a decisão do Tribunal Regional Eleitoral foi um ato extremo.
“Censura prévia porque, ao invés de investigar para ver o que realmente aconteceu, o juiz já deliberou a derrubada da rede inteira, todas as redes, sem haver uma investigação para realmente chegar a alguma conclusão. Se realmente houve alguém que foi remunerado pela campanha, geralmente o que acontece é uma multa, ou uma punição, mas nunca uma derrubada. Por isso, a gente está considerando isso como censura”, afirmou.
Em sua argumentação, o juiz Antonio Maria Patiño Zorz explica que a decisão foi tomada em virtude da remuneração paga por Marçal para aqueles que veiculassem seus posts editados de forma sistemática nas redes sociais.
Sabará explicou que não houve dinheiro da campanha investido para que os seguidores publicassem seus vídeos, e sim, a liberação da imagem do candidato para que as plataformas remunerassem os usuários que postarem vídeos dele.
“No Tik Tok, por exemplo, se você postar um vídeo e tiver várias remunerações, você pode ser remunerado nesse vídeo, no Instagram você também pode ter remuneração por prêmio e no Youtube, que é a principal plataforma que faz isso, ela remunera por visualizações e cliques dos vídeos. O que o Pablo fez? Ele liberou a imagem dele para as pessoas postarem os vídeos dele e ganharem dinheiro com isso. Então, quem remunera é a própria plataforma que paga essas pessoas que publicam vídeos dele”, disse.
O coordenador afirmou que, por outro lado, a suspensão das redes de Marçal acabaram aumentando as interações com ele na internet. “As pessoas estão curiosas pra saber o que ele está falando”, comemorou.
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