Alvo de uma investigação da Polícia Federal (PF) por supostas irregularidades no Ministério da Educação e a atuação de um “gabinete paralelo” de pastores-lobistas na pasta durante sua gestão, o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro foi preso pela PF na manhã desta quarta-feira, 22, em Santos (SP). Imagens de circuito interno de um edifício vizinho ao de Ribeiro, no bairro do Boqueirão, mostram o momento em que ele desce até o térreo acompanhado por dois homens e entra no banco de trás de um carro preto da corporação, aparentemente descaracterizado (veja acima).
A prisão do ex-ministro do governo Jair Bolsonaro é preventiva, ou seja, sem prazo para terminar. De Santos, Milton Ribeiro foi levado pela PF a São Paulo, de onde seguirá para Brasília. O juiz Renato Borelli, da 15ª Vara Federal do Distrito Federal, que mandou prendê-lo, determinou que ele seja submetido a uma audiência de custódia nesta quinta-feira, 23. A decisão que levou à prisão do ex-ministro ainda não é conhecida.
Ministro da Educação entre julho de 2020 e março de 2022, Milton Ribeiro é suspeito dos crimes de corrupção passiva, advocacia administrativa, tráfico de influência e prevaricação. A Operação Acesso Pago, que mirou Ribeiro, também prendeu os pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, que atuavam informalmente como intermediários da distribuição de recursos do ministério, e cumpriu 13 mandados de busca e apreensão nos estados de Goiás, São Paulo, Pará e Distrito Federal.