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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
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Turismo do RS busca recuperação após duro golpe imposto pelas chuvas

Destinos populares no estado, como estâncias na Serra Gaúcha, sofrem com rodovias bloqueadas e aeroporto internacional desativado

Por Da Redação Atualizado em 23 Maio 2024, 13h30 - Publicado em 23 Maio 2024, 12h13

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), afirmou que o governo está estudando medidas para restabelecer o turismo em regiões devastadas pelas chuvas no estado. A destruição da infraestrutura de transportes vem causando pesados impactos econômicos ao setor — ao menos 40 rodovias ainda têm bloqueios totais ou parciais e o Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, continua sem previsão para voltar a operar, segundo boletim divulgado pela Defesa Civil às 9h desta quinta-feira, 23.

Na última quarta-feira, 22, Leite se reuniu com parlamentares gaúchos e com o ministro do Turismo, Celso Sabino, para discutir ações de recuperação do turismo. De acordo com o governador, as prioridades do poder público em relação ao setor são a proteção dos empregos e a reconstrução da infraestrutura viária. “Estamos trabalhando intensamente para desbloquear as rodovias e garantir que o Rio Grande do Sul tenha a Base Aérea de Canoas e o aeroporto de Caxias do Sul em condições de receber o maior número possível de voos e de passageiros”, disse.

Em carta enviada ao Ministério do Turismo, executivos do setor pedem que o governo federal apoie a reativação do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, e que a base aérea de Canoas, na região metropolitana da capital, possa operar ao menos doze voos comerciais por dia. Outra demanda prioritária para os serviços turísticos é a reabertura total da BR-386, que dá acesso a destinos tradicionais na Serra Gaúcha, como Canela e Gramado, cidades fortemente afetadas pelas chuvas.

Emergência no turismo

No documento, empresários afirmam que as chuvas levaram 82% das empresas de turismo gaúchas a reduzir ou interromper completamente suas atividades. Os dados do setor indicam que 67% dos eventos no estado foram prejudicados e mais da metade dos atrativos turísticos públicos, além de dois terços das atrações privadas, sofreu danos estruturais com os temporais.

Como medida imediata, o ministro Celso Sabino anunciou a liberação de 100 milhões de reais do Fundo Geral de Turismo (Fungetur) para reconstruir a infraestrutura turística do Rio Grande do Sul. Nesta quarta-feira, 22, a Base Aérea de Canoas começou a receber voos comerciais, com previsão de comportar 35 viagens por semana — além do uso provisório da base, o governo federal e o estado mantêm funcionando uma malha aérea emergencial em aeroportos como Caxias do Sul, Passo Fundo e Pelotas, comportando 134 voos semanais.

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Temporais já deixam 163 mortos

De acordo com a Defesa Civil, o total de mortes causadas pelas tempestades no Rio Grande do Sul já chega a 163 nesta quinta-feira — outras 806 pessoas ficaram feridas e 72 ainda estão desaparecidas. Em todo o estado, as chuvas afetaram 468 municípios (94% do total) e mais de 2,3 milhões de habitantes, sendo 581 mil desalojados e quase 66 mil hospedadas em abrigos públicos.

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