Nesta terça-feira, 17, subiu para 15 o número de pessoas que estiveram com o presidente Jair Bolsonaro em comitiva nos Estados Unidos e testaram positivo para o novo coronavírus. Isso representa cerca de 5% do total de 290 casos confirmados no país. Apesar disso, Bolsonaro segue minimizando as consequências da pandemia do vírus.
Em entrevista à rádio Super Tupi, nesta terça, Bolsonaro disse que existe uma “histeria” em relação à crise do coronavírus. “Esse vírus trouxe uma certa histeria. Tem alguns governadores, no meu entender, posso até estar errado, que estão tomando medidas que vão prejudicar e muito a nossa economia”, declarou. “A vida continua, não tem que ter histeria. Não é porque tem uma aglomeração de pessoas aqui e acolá esporadicamente que tem que ser atacado exatamente isso. Tirar a histeria. Agora, o que acontece? Prejudica”, acrescentou.
Bolsonaro também disse que fará uma “festinha tradicional” para comemorar os seus 65 anos, no sábado, 21. “Eu faço 65 [anos] daqui a quatro dias. Vai ter uma festinha tradicional aqui. Até porque eu faço aniversário dia 21 e minha esposa dia 22. São dois dias de festa aqui”, afirmou.
Esta, porém, não foi a primeira vez que Bolsonaro relativiza as consequências da pandemia. Ainda nos Estados Unidos, o presidente afirmou, no dia 9 de março, que o vírus estava sendo “superdimensionado”. “Tem a questão do coronavírus também que, no meu entender, está superdimensionado, o poder destruidor desse vírus. Então talvez esteja sendo potencializado até por questão econômica, mas acredito que o Brasil, não é que vai dar certo, já deu certo”, disse.
Na segunda-feira 16, em entrevista à Rádio Bandeirantes, Bolsonaro comentou sua participação nas manifestações de rua em apoio ao seu governo no domingo 15 e afirmou que estava havendo “uma histeria”. “Tenho obrigação moral de saudar o povo que ficou na frente do Palácio do Planalto. Se eu me contaminei, é responsabilidade minha. Agora, tudo continua funcionando no Brasil. Está havendo uma histeria”, disse.