Os brasileiros não foram os únicos a se chocar com a macabra história do homem morto levado pela suposta sobrinha na última terça-feira, 16, a um banco no Rio de Janeiro. O caso repercutiu na imprensa internacional e ocupou as manchetes de jornais pelo mundo, particularmente nos famigerados tabloides britânicos (publicações de cunho sensacionalista em sua maioria), que se refestelaram com as imagens do cadáver em uma cadeira de rodas na agência bancária.
“Momentos de horror: mulher leva tio morto ao banco em tentativa sórdida de golpe e tenta sacar um empréstimo em seu nome”, noticiou o notório tabloide The Sun, do Reino Unido. A sinistra manchete vem acompanhada do vídeo da ocorrência, gravado por uma funcionária do banco, e de trechos do diálogo entre a bancária e a mulher, identificada como Érika de Souza Vieira Nunes.
O caso também foi noticiado pelo Daily Mail, outro conhecido tabloide britânico, que reproduziu o vídeo precedido por um alerta de “imagens perturbadoras”. A extensa reportagem inclui partes do diálogo acrescida de comentários sarcásticos. “Ela insistiu para que ele assinasse o documento, mas a resposta foi um óbvio silêncio do homem com quem ela estava fingindo conversar”, escreveu o jornal.
Textos semelhantes foram publicados por concorrentes britânicos como Metro e Daily Mirror, chegando a repercutir também no tabloide indiano The Times of India, o jornal em inglês de maior circulação do mundo. As reportagens incluem menções ao Samu (serviço de emergência médica), que constatou no local que o idoso já estava morto, e atribuem ao caso adjetivos como “surreal”, “horripilante” e “chocante”.
Meme internacional
Nesta quarta-feira, 17, a inacreditável tentativa de golpe foi registrada até mesmo no hall da fama mundial dos memes. O site americano Know Your Meme, repositório internacional de conteúdos que viralizam na internet há quase vinte anos, registrou o caso como “Tio Paulo No Banco”, já que o cadáver foi identificado como Paulo Roberto Braga, de 68 anos.
Após a chegada do resgate e a constatação da morte, Érika Nunes foi presa em flagrante na agência bancária, que fica em Bangu, na capital fluminense. Ela é investigada pela Polícia Civil por estelionato e vilipêndio de cadáver.