Rejeição a Marçal sobe 17 pontos desde agosto e atinge 47% do eleitorado
Segundo o Datafolha, percentual de eleitores que não votariam no coach aumentou após cadeirada
O índice de rejeição de Pablo Marçal, candidato à prefeitura de São Paulo pelo PRTB, subiu 17 pontos em seis semanas. O coach e empresário é o mais desprezado entre os postulantes — quase metade do eleitorado diz que jamais votaria nele, segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira, 19.
A rejeição de Marçal chegou a 47%. Na semana passada, era de 44%. É o primeiro levantamento feito após a cadeirada que ele sofreu de José Luiz Datena (PSDB) durante o debate da TV Cultura, no domingo, 15. O percentual dos que não votariam no apresentador também subiu — foi de 32% na rodada anterior para 35%.
A popularidade do coach piorou após o início dos debates. A propaganda eleitoral também pode ter influenciado. O candidato, filiado ao nanico PRTB, não tem tempo de televisão e rádio, ao contrário de seus principais adversários.
No ranking dos mais rejeitados, Guilherme Boulos (PSOL) ocupa o segundo lugar, com 38% (era 37%). Já o prefeito Ricardo Nunes (MDB) é rejeitado por 21% (era 19%).
Intenção de voto
A pesquisa mostra Nunes, candidato à reeleição, com 27% das intenções de voto, tecnicamente empatado com Boulos, que oscilou 1 ponto para cima e chegou a 26%. Marçal aparece descolado dos adversários, com 19%.
O coach, que estava em ascensão durante o mês de agosto, chegou a embolar a disputa pela liderança em um empate triplo com os adversários, mas se distanciou nas últimas semanas. Agora, está em terceiro lugar na corrida eleitoral pela prefeitura.
Os outros candidatos seguem estagnados. A deputada Tabata Amaral (PSB) continua com 8%, empatada com o apresentador José Luiz Datena (PSDB), que tem 6%. Marina Helena (Novo) permanece com 3%. Os demais não pontuaram. Os votos brancos ou nulos são 6% (eram 7%), e 3% não responderam (eram 4%).
O Datafolha entrevistou 1.204 eleitores de São Paulo entre os dias 17 e 19 de setembro. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.