A referência a aliados políticos incômodos deu o tom no primeiro bloco do debate VEJA entre os candidatos ao governo de São Paulo neste sábado, 17.
Um nome surpreendente foi o do ex-prefeito paulistano Celso Pitta (governou a capital paulista de 1997 a 2001), que foi citado em dois momentos diferentes. No primeiro, o candidato Elvis Cezar (PDT) atacou Tarcísio de Freitas (Republicanos) listando políticos com quem ele está aliado na atual eleição, como o ex-prefeito, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PTB) e o deputado estadual Douglas Garcia (Republicanos).
Depois, Pitta foi citado novamente pelo ex-prefeito Fernando Haddad (PT). Ele havia perguntado a Rodrigo Garcia (PSDB) sobre a decisão de aumentar o ICMS durante a pandemia. O tucano rebateu dizendo que Haddad fez parte da equipe de Marta Suplicy na prefeitura e que foi responsável, como membro da equipe do secretário da Fazenda, João Sayad, pelo aumento de vários tributos.
Haddad disse que tinha orgulho de ter feito parte da equipe de Marta e afirmou que não esconde aliados. Aproveitou para cutucar Garcia, dizendo que ele já fez parte dos governos de Celso Pitta, Gilberto Kassab (ambos na prefeitura da capital) e João Doria (de quem foi vice no governo atual). “É você que esconde as pessoas que te apoiaram. Eu não escondo apoiador”, disse o petista.
Garcia, então, rebateu lembrando que não tem padrinho político, uma referência ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), principal apoiador de Haddad. “Eu não vou perguntar para padrinho político, candidato a presidente da República, o que eu tenho que fazer para a população de São Paulo”, disse.
Elvis Cezar também tentou colar o presidente Jair Bolsonaro (PL) em Tarcísio de Freitas, ao perguntar ao ex-ministro o que ele faria para rever o pacto federativo porque São Paulo mandava “muito dinheiro” para a União e não recebia a atenção devida. Tarcísio rebateu citando os investimentos feitos pelo governo Bolsonaro no estado.