A ativista climática sueca Greta Thunberg foi detida na manhã deste sábado, 6, durante uma manifestação na cidade de Haia, na Holanda. A ação da polícia holandesa ocorreu em repressão a um protesto contra incentivos fiscais do governo do país à produção de combustíveis fósseis.
Segundo a agência de notícias Reuters, Greta foi levada junto com dezenas de outros manifestantes que organizavam o bloqueio a uma rodovia na cidade holandesa. O protesto, que contava com cerca de cem participantes, ocorria em repúdio às políticas de subsídios e benefícios tributários de Amsterdã à indústria de combustíveis como carvão, petróleo e gás.
A manifestação na estrada chegou a ser anunciada pelo grupo global de justiça climática Extinction Rebellion, que antecipou o local e data do bloqueio ao tráfego na Rodovia A12, que liga Haia à fronteira da Alemanha. No entanto, autoridades de segurança da Holanda ordenaram uma forte presença de policiais na via, que inicialmente impediu o protesto. Greta e um grupo de pessoas foram levados pelos agentes após burlar a barreira policial e levar a manifestação a outra rodovia próxima, sentando-se no asfalto para impedir a passagem de veículos.
Manifestações recorrentes
O trecho da Rodovia A12 onde Greta e outros indivíduos protestavam é oficialmente denominado Utrechtsebaan. A estrada atravessa os Países Baixos e é local de frequentes protestos por grupos ambientalistas. Membros do Extinction Rebellion vêm realizando bloqueios recorrentes na estrada nos últimos dois anos, e chegaram a organizar barreiras diárias por quase um mês entre setembro e outubro de 2023.
A cidade de Haia é considerada uma das mais importantes da Europa no âmbito da Justiça internacional. O município abriga tanto a Corte Internacional de Justiça (CIJ) quanto o Tribunal Penal Internacional (TPI), órgãos responsáveis por julgar de indivíduos e Estados acusados de crimes contra a humanidade, incluindo genocídio, tráfico humano e crimes de guerra.