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Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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Plano para matar Lula foi discutido na casa de Braga Netto, diz PF

General foi candidato a vice de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022

Por Victoria Bechara Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 nov 2024, 16h29 - Publicado em 19 nov 2024, 10h50
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  • Investigações da Polícia Federal apontam que o plano para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice Geraldo Alckmin foi discutido na casa do general Walter Braga Netto em 12 de novembro de 2022. O militar foi candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro nas eleições daquele ano.  

    O general Mauro Cid, então ajudante de ordens de Bolsonaro, também participou do encontro. Segundo a PF, o planejamento operacional para a execução do presidente e do vice-presidente eleitos foi apresentado e aprovado na residência de Braga Netto. Os militares envolvidos na trama golpista também teriam começado a monitorar os passos de autoridades logo após a reunião, incluindo os do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

    Policiais federais cumpriram mandados de prisão preventiva nesta manhã contra quatro militares da elite do Exército, os chamados kids pretos: o general da reserva Mario Fernandes, o tenente-coronel Helio Ferreira Lima, o major Rodrigo Bezerra Azevedo, o major Rafael Martins de Oliveira, além do agente da Polícia Federal Wladimir Matos Soares.

    Durante as investigações, foi identificada a existência do plano batizado de “Punhal Verde e Amarelo”, que seria executado no dia 15 de dezembro e detalhava os recursos humanos e bélicos necessários para o desencadeamento das ações, com uso de técnicas operacionais militares avançadas. Os envolvidos cogitaram envenenar Lula, Alckmin e Moraes.

    O “Punhal Verde Amarelo” tinha como objetivo um golpe de Estado, visando anular as eleições de 2022 e manter Bolsonaro no poder. O plano foi impresso dentro do Palácio do Planalto e pode ter tido a anuência de outras figuras dentro do governo, segundo a polícia.

    De acordo com a PF, os investigados também planejavam instituir um gabinete de crise para restabelecer a “legalidade e estabilidade institucional” após os homicídios e o golpe de Estado. O órgão seria comandado por Braga Netto e pelo general Augusto Heleno, também ex-ministro de Bolsonaro, com a participação de Filipe Martins, ex-assessor especial para Assuntos Internacionais, e de Mário Fernandes, preso na operação.

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