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País pode perder R$ 1,4 bilhão só em outubro com embargo chinês a carne

Suspensão da compra de de derivados bovinos pela China derrubou em quase 50% os embarques ao exterior

Por Leonardo Lellis 26 out 2021, 12h17
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  • Fazenda de gado em Paulínia São Paulo - 01/07/2017
    Mercado chinês é o maior consumidor da carne produzida no Brasil (Paulo Whitaker/VEJA.com)

    O embargo chinês à carne brasileira, que já dura sete semanas, tem provocado uma queda de quase 50% nos embarques do produto ao exterior. Os dados são do Instituto Mato-Grossense da Carne (Imac), que ainda projeta perdas de receita da ordem de 1,4 bilhão de reais no mês de outubro com a suspensão das compras do maior consumidor dos derivados bovinos do Brasil.

    No Brasil, a média diária de vendas de carne bovina para o exterior está no patamar de 21,8 milhões de dólares em outubro, uma redução de 36,7% (ou 12,6 milhões de dólares a menos por dia) em relação ao mesmo mês do ano passado). 

    Em volume, foram embarcadas 4,1 toneladas do produto por dia útil (redução de 48,6% em relação a outubro de 2020, quando saíram mais 8 toneladas de carna por dia).

    Segundo as projeções do Imac, nesse ritmo, o mês deve fechar com faturamento de 436,5 milhões de dólares — ou cerca de 253 milhões de dólares a menos do que em relação ao mesmo período do ano passado — para 83,5 mil toneladas. 

    No Mato Grosso, que responde por cerca de um quinto do faturamento do setor, as perdas de receita são ainda maiores do que a média brasileira. O Imac projeta 83,72 milhões de dólares de vendas de carne para o exterior em outubro, 46,34% a menos que no mesmo período do ano passado.

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    Entenda

    Conforme previsto por um acordo comercial com a China, o Brasil suspendeu a venda de carne ao país asiático em 3 de setembro depois de identificar dois casos de vaca louca em frigoríficos de Minas Gerais de Mato Grosso. Três dias depois, porém, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) concluiu tratar-se de casos isolados, sem risco para a cadeia de produção. 

    Apesar disso, a China manteve a suspensão e o embargo já dura 7 semanas. Do lado brasileiro, a ministra Tereza Cristina (Agricultura) se ofereceu para ir pessoalmente até Pequim e esperava ser chamada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para discutir a crise — mas não obteve qualquer resposta.

    Especialistas e parlamentares creditam o embargo a uma retaliação de Pequim aos recentes ataques que partiram do governo brasileiro à China — inclusive pelo próprio Bolsonaro. Mas há também questões comerciais e uma intenção dos compradores chines em negociar o preço em valores mais baixos, já que a alta demanda elevou em 42% o valor da tonelada da carne bovina, que chegou a ser negociada em 5.819 dólares na primeira semana de setembro.

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