Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana

Maquiavel

Por José Benedito da Silva Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
A política e seus bastidores. Com Laísa Dall'Agnol, Victoria Bechara, Bruno Caniato, Valmar Hupsel Filho, Isabella Alonso Panho e Ramiro Brites. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
Continua após publicidade

Os desafios do pré-candidato tucano que dividiu a direita em Campo Grande

Disputa na capital do MS cria rusgas entre Bolsonaro, que decidiu apoiar Beto Pereira (PSDB), e aliados históricos, como a senadora Tereza Cristina (PP)

Por Laísa Dall'Agnol Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 22 jul 2024, 12h30
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A pouco menos de três meses para as eleições municipais, Campo Grande (MS) é palco de intensas negociações que envolvem alguns dos maiores caciques nacionais. A edição de VEJA desta semana mostra como a disputa pela prefeitura virou campo de batalha para uma troca de caneladas entre partidos do próprio entorno de Jair Bolsonaro. O motivo da discórdia é Beto Pereira (PSDB), deputado federal e pré-candidato ao posto, que tem hoje o maior arco de alianças em torno de sua candidatura. Apesar do cacife, dizem políticos locais, a empreitada não está ganha.

    A rusga teve início após o PL, legenda do ex-presidente, desistir de apoiar a atual prefeita, Adriane Lopes (PP), e embarcar na candidatura tucana, irritando de uma só vez dois importantes aliados e nomes da legenda: a senadora Tereza Cristina (PP-MS), que tem na capital sul-mato-grossense seu reduto eleitoral, e o senador e presidente nacional do PP Ciro Nogueira (PI). A escolha foi feita por Bolsonaro e referendada pelo presidente da legenda, Valdemar Costa Neto. “Tínhamos a nossa aliança, mas são estratégias partidárias do PL, sobre as quais não tenho interferência. Continuo e continuarei apoiando a nossa prefeita e candidata Adriane Lopes”, diz Tereza Cristina.

    Contornadas as tensões iniciais, o PL somou-se, por fim, ao exército de aliados que engrossam a candidatura do tucano: o MDB dos ex-governadores André Puccinelli e Simone Tebet, o Podemos da senadora Soraya Thronicke e o PSD do ex-prefeito Nelsinho Trad.

    Apesar da demonstração de força do acordo costurado pelo partido, que tem importantes quadros como o próprio governador Eduardo Riedel e o ex-mandatário Reinaldo Azambuja, o desempenho tucano nas articulações na capital, Campo Grande, não significa vitória. Em 2016, Marquinhos Trad (então PSD) venceu a vice-governadora Rose Modesto, do PSDB, que à época reunia amplo apoio em torno da sua candidatura. Já em 2020, Trad foi reeleito em primeiro turno e, em 2022, deixou o cargo para disputar o governo estadual — com a mudança, quem assumiu o posto foi a atual prefeita Adriane Lopes (PP), que agora pleiteia a reeleição.

    A última corrida ao governo foi por si só curiosa. No primeiro turno, Riedel ficou nada menos do que em quarto lugar em Campo Grande, atrás de Trad, André Puccinelli e Capitão Contar. No segundo turno, no entanto, fortaleceu os grupos de apoio e venceu Contar, levando o Executivo estadual com vitória também na capital.

    Continua após a publicidade

    Adversárias

    Por ora, quem figura em primeiro nas pesquisas eleitorais para a Prefeitura é Rose Modesto (União Brasil), que acaba de fechar uma tímida aliança com o PDT — a sigla, com a dança das cadeiras da política, tem hoje Marquinhos Trad como pré-candidato a vereador. A pré-candidata do União diz estudar ainda uma aliança com o PRD, fusão dos antigos Patriota e PTB.

    “Em 2016, já fui o ‘Beto Pereira’ da história. Eu era vice-governadora, tinha praticamente todos os grandes partidos comigo, o apoio de quase toda a Assembleia Legislativa e da Câmara Municipal, além do governo do Estado. E perdi a eleição para um candidato que só tinha um partido com ele”, diz.

    “A gente não subestima nenhum pré-candidato, porque tem máquina envolvida, tem os partidos, mas o eleitor de Campo Grande tem demonstrado, nas últimas eleições, que o critério de escolha para prefeito não foi quem tinha o maior apoio, nem o maior dinheiro e nem o maior número de alianças partidárias. É quem, de fato, consegue dialogar melhor com o eleitor. E por isso a nossa construção do plano de governo já tem trazido para nós um apoio muito forte da base, do chão, do eleitor”, afirma a pré-candidata.

    A atual prefeita, Adriane Lopes, também aposta no revés eleitoral do adversário tucano. Segundo a última sondagem Paraná Pesquisas, a gestão municipal tem hoje 53,5% de desaprovação, contra 41% de aprovação. Para Lopes, o apoio da senadora Tereza Cristina e do eleitorado bolsonarista deverão contar a seu favor. “A aliança PP e PL era uma aliança que estava feita, e o PL decidiu apoiar o PSDB. Só esqueceram de combinar com o eleitorado da cidade”, diz Lopes. “Vou continuar do lado do presidente Bolsonaro”, ressalta.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Semana Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

    a partir de 35,60/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.